Com capricho, como o escondidinho na taça, há 15 anos casal conquista clientela
Sueli e Orlando começaram vendendo espetinhos na calçada numa pequena churrasqueira no Parati, hoje possuem um grande estabelecimento
Trabalhar com carne sempre foi a paixão de Orlando Riquelmes, que hoje etá com 67 anos. Metade da vida trabalhou como açougueiro e há 15 anos resolveu parar de vender a carne crua para entregá-la assada ao cliente, no espetinho. A nova empreitada encarou junto com a mulher Sueli Moretti, que era secretária de consultório médico. Juntos começaram tímidos, vendendo espetinho na calçada, numa churrasqueira pequenininha na região do Parati.
Os dois sempre estão com um sorriso largo e atendem com muita simpatia quem chega por ali. Mas não é só esse o segredo de manterem a casa cheia. A esposa garante que não puxa o saco, mas que o tempero da carne do marido é único. “Ele faz o mesmo tempero todo este tempo, conquistou muita gente assim, todos gostam bastante”, frisa Sueli. E no início, além da carne, fazia até o espeto com alumínio. “Tinha o molde do espeto, fabricava eu mesmo só mandava no ferreiro para fazer a ponta”, completa Orlando.
Além disso, os dois estão sempre inovando no cardápio. “Tem que se reinventar sempre, senão acaba todo mundo igual”, acredita Sueli. O último prato incorporado foi o escondidinho na taça. Tem o de carne seca e mandioca, carne seca e abóbora e o de frango e mandioca, todos saem a R$ 22.
Quando chega na mesa até parece uma sobremesa, mas é só a decoração que é diferente mesmo. “Não fui eu que criei, vi num programa de televisão que serviam noutra cidade, aí resolvi fazer com meu toque especial, mudando a decoração um pouco. Estou servindo há três meses e está fazendo bastante sucesso”, conta.
O cardápio ainda conta com diversos outros pratos, como yakisoba, yakimeshi, sobá, macarrão, caldos, porções e o espeto que é o que dá nome ao local. O que mais vende, segundo a dona, é o de medalhão, quem vem enrolado com bacon. Os espetos custam entre R$ 24 e R$ 28.
Outro sucesso do local são os sucos. Eles são feitos por Madalena Frates, de 42 anos, que considera o que faz arte. “Sou apaixonada por arte e pelo preparo de sucos, uni o útil ao agradável e hoje faço decorações em todos os copos que sirvo aqui. Tudo fica lindo”, afirma ela orgulhos. Até nome artístico ela tem: Thaís. Ela fica no canto direito do estabelecimento, e seu espaço tem nome: Cantinho do Suco da Thaís.
Ela serve os sucos em copos de 680ml, todos com frutas misturadas e pedaços para deixar tudo agradável aos olhos de quem for provar. “Trabalho com melão e melancia como base da decoração. Aí coloco pedaço de outras frutas para terminar, faço flores, coração, gosto de caprichar. E tudo o que tá lá é comestível”, detalha Madalena.
Os nomes também são todos criados por ela. Tem o Relaxante, que vai abacaxi, maracujá e laranja, o Refresh, com melancia, limão e hortelã, o Sem Pressão, com morango, abacaxi e laranja, o Paixão que vai morango, cupuaçu e leite condensado, entre vários outros. Eles custam entre R$ 12 e R$ 16.
Madalena garante que suco melhor que o dela não tem. “Uma vez, veio um cara do Rio de Janeiro aqui e disse que nunca tinha provado um suco que nem o meu. Vem gente de várias regiões da cidade aqui provar também e nunca recebi críticas”, argumenta. Para ganhar as crianças, que são muito chegada em doces, ela está fazendo o suco Kids, que levam doces na decoração. “Elas não pedem nem pelo suco e sim pelos docinhos”, enumera.
Suas caipirinhas também são especiais. Todas com bastante fruta, sua decoração especial e ela até coloca um picolé pra pessoa se deliciar. “Sempre fui inventando e foi acontecendo, me encontrei aqui e faço tudo com muito carinho e paixão. Quando não venho o pessoal até sabe que não sou eu que estou fazendo o suco, notam a diferença. Espero continuar por um bom tempo aqui, fazendo o que gosto”, finaliza.
O espetinho do Orlando fica na Rua da Divisão, Jardim Parati.