Com seleção granfina, cachaçaria tem garrafa de até R$ 8 mil
O jornalista Fernando Soares faz uma seleção própria de cachaças requintadas com mais de 800 opções
Quem passa pela Rua Vitória Zeolla, no Carandá Bosque, nem sempre sabe que a Cachaçaria Havana abriga diversas das bebidas mais “granfinas” da cidade. O proprietário Fernando Soares oferece uma variedade de mais de 800 rótulos das melhores cachaças de todas as partes do Brasil. “Aqui é o “filé mignon” das cachaças”, brinca.
O local é pequeno e aconchegante, com opções de mesinhas ao ar livre. Dentro da cachaçaria, estão várias garrafas de destilados de várias partes do Brasil que Fernando seleciona a dedo para oferecer à freguesia.
A garrafa mais cara, é uma cachaça gaúcha da Weber Bauhaus. Ela vem em uma caixa de couro, com copos de cristal e todas as informações de fabricação em um pergaminho. O valor fica em R$ 8 mil.
Há também vários dos rótulos incluídos no ranking das melhores cachaças do Brasil, eleito de dois em dois anos. No estabelecimento, é possível encontrar rótulos como a cachaça campeã Vale Verde, como também a Magnífica, ou a Middas Reserva, ambas incluídas nesse ranking. E há também opções de várias outras cachaças artesanais, inclusive, com garrafas mais elaboradas que podem servir até de decoração, como a Cabaré e a Mel de Minas.
Apesar de todo requinte, é possível encontrar garrafas de menos de R$ 100,00. Os preços variam entre R$ 60,00 e R$ 8 mil. Mas independente do valor, Fernando garante que só há as melhores cachaças, para todos os gostos. “A proposta é trazer uma quantidade de variedade que não se encontra em outros lugares”, reforça.
Fernando conta que sempre gostou de cachaça, mas que ganhou um gosto especial pela bebida depois que ganhou de presente seis caixas de uma cachaça especial do ex-vice-presidente José Alencar.
“Ele me deu para eu oferecer aos meus convidados na minha chácara. O nome era cachaça Maria da Cruz. Era uma cachaça feita na fazenda dele mesmo, e hoje em dia, inclusive, nem é mais fabricada. A cachaça era muito boa e foi assim que eu passei a gostar mais ainda”, detalhou.
Então, Fernando passou a pesquisar e estudar sobre cachaças Brasil afora. Antes da pandemia, inclusive, viajava muito para Minas Gerais, onde muitas das cachaças são feitas. Até que, então, resolveu abrir uma cachaçaria própria, perto da própria casa, inclusive.
“Sempre que eu saía para beber, não podia dirigir. E ficar dependendo de um motorista, tira sua liberdade, na minha opinião. Assim, decidi abrir uma cachaçaria aqui perto da minha casa mesmo, onde dá para ir à pé”, comenta.
Assim, conseguiu solucionar o próprio “problema”, além de trazer uma opção para quem quer beber algo mais requintado e premium. E Fernando ressalta que todas as cachaças que ele oferece podem ser consumidas junto com outra bebida, inclusive, também disponíveis na Havana. “É muito comum tomar uma dose e depois continuar com uma cervejinha, sem problemas”, reforça.
E apesar do nome, não é apenas cachaça que a Cachaçaria oferece: há diversas opções também em cervejas, além de doces de leite artesanais e até azeite importado de Portugal, disponível em apenas pequenas quantidades. “A pessoa pode vir aqui e escolher várias coisas para dar de presente, por exemplo, no Dia dos Pais”, acrescenta Fernando.
A Cachaçaria fica na Rua Vitória Zeolla, 770, no Bairro Carandá Bosque. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 15h às 23h e sábados e feriados, de 10h às 16h.
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