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Sabor

Depois de 35 anos, tradicional restaurante chinês fecha as portas na Capital

Paula Maciulevicius | 22/03/2015 08:45
O China pertenceu à família Huang por três décadas. (Foto: Marcos Ermínio)
O China pertenceu à família Huang por três décadas. (Foto: Marcos Ermínio)

A arquitetura era o principal chamariz para o restaurante "China" na Rua Pedro Celestino, região central da cidade, mas agora o que surpreende é a placa de aluga-se. O estabelecimento fechou as portas há pouco mais de três semanas, depois de funcionar por 35 anos.

Foi mesmo da noite para o dia que a casa anunciou que não abriria mais. A decisão repentina foi dita pelo Facebook, na página do próprio restaurante. A postagem do dia 19 de fevereiro nem deu tempo para a clientela se despedir:

"Após 35 anos de dedicação e trabalho, agradecemos a todos os nossos clientes por sempre estarem conosco, tudo o que fizemos nesses anos foi com amor e prazer, assim comunicamos que o restaurante China encerra suas atividades por um período, para reestruturação e novos projetos".

O estabelecimento fechou as portas há pouco mais de três semanas. (Foto: Marcos Ermínio)
O estabelecimento fechou as portas há pouco mais de três semanas. (Foto: Marcos Ermínio)

Ao Lado B, um dos proprietários disse não ter previsão de abertura, pelo menos ali, e que a família continua com outras atividades, que incluem restaurantes no Shopping Norte Sul Plaza, no Comper da Brilhante e em breve no corredor gastronômico da Bom Pastor. Ao lado, o "Hádji" que pertencia aos mesmos donos também fechou as portas depois que um dos sócios foi baleado por um ex-funcionário. O episódio aconteceu no início do ano.

Por telefone, a família respondeu que não estava mais sendo interessante seguir com o restaurante naquele ponto. "Era muito trabalho e pouco resultado. Diminuímos o trabalho e as pessoas que estavam lá, dividimos em outras lojas", resumiu um dos proprietários, por telefone.

O China pertenceu à família Huang por três décadas. Foi comprado quando tinha 2 anos de funcionamento, logo que o patriarca chegou de Porto Alegre, em 1988, ainda na Rua 15 de Novembro. Além de vários clientes, também passaram por ali várias ideias.

Os donos tentaram implantar no segundo andar uma parte da culinária chinesa mais requintada, incluindo o trabalho de chefs de cozinha que vinham de fora. Um dos proprietários explica que foram só 6 meses de teste, porque o conceito não agradou o paladar brasileiro. Depois houve ainda duas outras tentativas, primeiro de um restaurante com outra temática e até com pianista lá dentro e a outra como bar, o "Boteco do Gato", que não aguentou 1 ano.

O proprietário que conversou com o Lado B disse que agora está fechado, mas que também nada impede uma reabertura.

lém de vários clientes, também passaram por ali várias ideias. (Foto: Marcos Ermínio)
lém de vários clientes, também passaram por ali várias ideias. (Foto: Marcos Ermínio)
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