Família reforça cafezinho do Caiobá com tapioca que tem tudo dentro
A lanchonete abre às 4h30 para atender quem sai cedinho para trabalhar
Tem tudo o que quiser dentro da tapioca que Nilvado Maciel e a esposa Maristela Martins fazem para reforçar o café da manhã do trabalhador do Bairro Caiobá, em Campo Grande, que levanta cedo e precisa começar bem o dia.
Eles abriram a lanchonete Eskina do Salgado há dois anos. A ideia de variar as opções da estufa recheando a massa de mandioca com carne seca, bacon, muçarela, tomate e tudo o mais que for do gosto do cliente veio depois do negócio aberto. “Pegou aqui no bairro. E pegou muito forte”, conta Maristela, que é quem prepara tudo ao lado do marido e dos três filhos, além de se revezar no atendimento no balcão.
A família acorda antes de o galo cantar, por volta das 3h, para abrir a lanchonete às 4h30. É um dos poucos lugares disponíveis para comer tão cedo na região.
O quanto os clientes gostam do lugar os motiva a tocar o negócio com bom humor. "Passam aqui cedo para tomar um café, chipa e proseiam bastante. A gente coloca um sonzinho ambiente lá fora também para ajudar a ter um dia legal, né? Para a segunda-feira 'brava' ficar um pouquinho mais animada", relata Nivaldo.
Os salgados também são especialidade. "Às vezes, antes das 7h não tem mais para vender. Acabou tudo", diz o comerciante. Além de ter "mão" para fazer massa e recheio, Maristela conta com o que aprendeu trabalhando em uma rede de padarias que tem unidade na cidade onde morava, em Bela Vista.
Dia e noite - Nivaldo deixou o antigo emprego quando viu que Maristela precisava de ajuda. O negócio estava crescendo e nem à noite ela conseguia descansar.
"Para a gente trabalhar junto, no começo foi meio complicado. Meu Deus do céu, trabalhar junto com a esposa, eu pensava que devia ser meio complicado. Mas ela é ativa para caramba, eu também sou muito ativo. Assim, a gente faz um 100%. É um respeitando o espaço e as ideias do outro", afirma.
Com essa parceria, foram conseguindo equipamentos como fogão industrial, máquina de fazer massa para o salgado e melhorar o cantinho aconchegante que é a lanchonete, como os clientes chamam.
Para isso, Nivaldo tem jornada tripla. De manhã, está na lanchonete. À tarde, faz compras e ajuda a preparar a produção do dia seguinte. À noite, trabalha como motorista de aplicativo. "Precisamos investir no negócio, então eu faço isso. Não canso. Acordo disposto", conta.
Quem quiser saborear o prato, a lanchonete fica na Rua Flora, 199, Caiobá.
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