Flaviany uniu a culinária portuguesa e regional para criar doces únicos

Misturando o melhor da culinária portuguesa com a sul-mato-grossense, a cozinheira Flaviany Fleita Leite, 33 anos, começou a fazer deliciosas sobremesas. Tem versão para o famoso Pastel de Nata, mas também outros desconhecidos para a maioria dos brasileiros, como o Travesseiro de Sintra, feito com massa folhada e amêndoas, e o biscoitinho Areias de Cascais, com raspas de limão a gosto. Porém, todos ganharam um toque especial que é o grande diferencial do negócio.

Na Mercearia Portuguesa, para cada receita, Flaviany acrescenta uma fruta típica do Cerrado. Desse jeito, conseguiu unir as duas referências culinárias que mais aprecia na vida e surpreender o paladar dos clientes que experimentam a novidade.

A ideia de criar o negócio gastronômico surgiu após ela morar seis anos em Portugal com o marido Vinícius Almeida de Assunção, que também atua no empreendimento. “Achei importante trazer essa cultura para cá, introduzir os insumos do Cerrado, coloquei vários ingredientes diferentes e super combinou. Eu sempre gostei dessas frutas, porque remete à minha infância”, conta.

Em 2013, ela e o esposo começaram a trabalhar e, com o apoio de uma bicicleta simples, realizavam as entregas. Posteriormente, eles inauguraram a primeira loja no Bairro Moreninhas II, que funcionou durante 1 ano e seis meses. Devido à pandemia, o ponto comercial fechou as portas em meados de abril de 2020 e agora, funciona no sistema delivery.

Através das encomendas, o trabalho nunca parou e o negócio segue fazendo a alegria dos clientes. Com um cardápio cheio de opções de doces e biscoitos, o casal aceita pedidos de todas as regiões da cidade de terça-feira a domingo.

Com o preparo totalmente artesanal, da massa ao recheio, Flaviany vende pastel de nata feito com cachaça e baunilha do Cerrado (R$ 7), Travesseiro Sintra com recheio de doce de ovos com farinha de baru (R$ 12), pampilho com especiaria de guavira (R$ 12) e pão de Deus com coco e baunilha do Cerrado (R$ 8).

Além desses, ela também comercializa pacotes dos biscoitos de areias amanteigado com especiaria de guavira (R$ 5), língua de arara com farinha de bocaiúva (R$ 5) e língua de capivara semi amanteigado com erva de tereré (R$ 5). Para dar uma quebrada no meio de tanto doce, Flaviany faz bolinho de bacalhau com massa de mandioca (R$ 13).

Conforme a cozinheira, a parte mais legal de trabalhar com comida é ter a oportunidade de despertar algum sentimento bom na pessoa que está experimentando as receitas. “Você cozinhar vai além da venda, as pessoas comem e lembram da mãe, é algo que desperta uma memória afetiva. Eu sou cautelosa com o sabor, então, poder ouvir críticas assim é sempre bom”, afirma.

Focada nos planos para o negócio, o próximo passo é incluir no menu outros pratos tradicionais de Portugal e reabrir a loja física, mas dessa vez, na região central de Campo Grande.

Quem quiser conhecer o trabalho da Flaviany e do marido, é só acessar o Instagram @portuguesamercearia.

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