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Sabor

Mistura com baru e jatobá é transformada em cappuccino vegano

Pesquisadores da UFMS uniram café, cacau, leite de amêndoa, baru e jatobá para mistura

Por Aletheya Alves | 21/01/2024 07:59
Castanha de baru foi integrada à receita de cappuccino regional e vegano. (Foto: Divulgação/UFMS)
Castanha de baru foi integrada à receita de cappuccino regional e vegano. (Foto: Divulgação/UFMS)

Pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) uniu frutos nativos do Cerrado e do Pantanal para criar um cappuccino regional e vegano. A mistura é composta por café, cacau, leite de amêndoa, baru e jatobá.

Com previsão de chegar ao mercado ainda no primeiro semestre deste ano, a produção está sendo realizada pela Agrotec-Bioeconomia no Agronegócio, unidade da UFMS vinculada à Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, em parceria com a empresa Angi Chocolates.

Responsável pelo desenvolvimento do cappuccino, a professora Luciana Miyagusku explica que o produto é inovador principalmente por ser 100% vegetal  e ainda utilizar ingredientes regionais.

Produto está sendo desenvolvido na UFMS e deve entrar no mercado ainda em 2024. (Foto: Divulgação/UFMS)
Produto está sendo desenvolvido na UFMS e deve entrar no mercado ainda em 2024. (Foto: Divulgação/UFMS)

Sobre o processo de criação, Luciana detalha que inicialmente é realizada uma pesquisa para entender as oportunidades e lacunas no mercado. Já na fase de concepção vem o desenvolvimento do conceito, formulação e características do produto.

“A etapa de pesquisa e desenvolvimento focou na formulação e teste de protótipos, adaptando a formulação com base nos resultados dos testes. A produção piloto permite ajustes finos na formulação e processo de fabricação, sempre atento aos aspectos regulatórios para garantir conformidade com regulamentações”, diz a professora.

Pensando no público vegano, Luciana comenta que esse ramo vem ganhando espaço com a crescente conscientização sobre questões que envolvem ética animal, saúde e meio ambiente. “Como resposta a essa demanda crescente, a indústria alimentícia tem investido em inovação e no desenvolvimento de produtos veganos, proporcionando uma variedade maior de opções no mercado”, conta.

E, em relação à escolha do leite vegetal, a professora detalha que os ingredientes enriquecem o sabor e destacam a biodiversidade dos ecossistemas brasileiros.

“O cappuccino vegano com frutos nativos do Cerrado e do Pantanal oferece uma experiência única que celebra a cultura local, a sustentabilidade e a diversidade de ingredientes naturais, proporcionando uma alternativa para quem busca uma conexão mais profunda com os sabores regionais”, defende.

Também envolvida no processo, a proprietária da Angi, Beatriz Branco comenta que a inclusão dos frutos também permite uma educação ambiental e alimentar.

“Eu gostei muito da experiência e, a partir desse primeiro projeto, espero desenvolver outros produtos tendo esse apoio. É engrandecedor para as empresas poder ter esse apoio da academia, dos projetos de inovação que são desenvolvidos com a Embrapii e com o suporte da ciência e da tecnologia também para o desenvolvimento socioeconômico das pequenas e grandes empresas do Brasil”, completa a empresária.

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