Nômade fecha as portas, depois de turbinar a onda food truck em Campo Grande
Em 8 meses, o Nômade Food Park mostrou a Campo Grande as possibilidades de servir comida em uma estrutura simples, usando trailer ou só uma bicicleta. Mas a experiência durou pouco, no próximo domingo, o parque criado em junho de 2015 vai fechar, depois de trazer para a cidade um conceito que já havia emplacado em grandes centros, como São Paulo.
Os 11 restaurantes instalados no endereço, na região da Ceará, vão ter de encontrar outro destino para continuar atendendo. Há uma negociação para venda da marca Nômade, com duas pessoas interessadas, mas a área (hoje alugada) será entregue e, caso o projeto continue, terá de ser reinaugurado em outro lugar.
A ideia do primeiro Food Park de Mato Grosso do Sul foi da empresária Isa Blanco. Ela criou a marca, planejou o espaço e reuniu os trucks que pagavam aluguel para vender no Nômade.
Dona também do Maracutaia Boteco, ela diz que teve de escolher entre um e outro. Colocou os projetos na balança e decidiu pelo mais amadurecido. “Para mim, o Maracutaia é o mais seguro em tempo de crise. Tem 2 anos e meio de funcionamento já. Amo o Nômade de paixão, mas foi pouco tempo para consolidar e logo veio essa crise”, justifica.
Ela jura que não se arrepende da tentativa e diz que aprendeu muito com os trucks. “Tivemos altos e baixos. Entrava gente e saia gente, é muito instável esse tipo de negócio. Mas percebi que com pesquisa de mercado, os que sobrevivem são realmente os bons, que vendem o que o público quer”.
Isa garante que o fechamento não tem qualquer relação com a chegada do Manga Park, concorrência na avenida Bom Pastor. “É mais um parceiro no conceito que eu trouxe para Campo Grande, fui cobaia”, comenta.
O Nômade funciona até domingo, das 16h até 00h, na Avenida Ricardo Brandão, 1332