Para ter recheio do começo até o fim, professor vende pastel em formato de cone
Lembra as pizzas de cone, que já foram moda há alguns anos, mas a massa é tradicional de pastel
Quando o professor Wladmir de Souza, de 48 anos, e a mulher Glenda Yasmin, de 30, resolveram abrir o próprio negócio, em food park da Avenida Coronel Antonino, ainda não tinham decidido que tipo de comida ofereceriam. A exigência do local é não repetir o cardápio dos contêineres vizinhos, para evitar concorrência direta e oferecer variedade a quem vai ao local. Uma das possibilidades era pastel, mas, como pastel todo mundo conhece, Wladmir colocou a cabeça para pensar e inventou o pastel de cone.
No Pastel Pimenta, a ideia lembra as pizzas de cone, que foram moda há alguns anos, mas, a massa, é realmente de pastel. Os recheios podem ser doces ou salgados e a vantagem, segundo Wladmir, é que não há “vento” dentro do pastel, porque não fica espaço para sem recheio como em um pastel tradicional.
“Optei pelo pastel, mas, tinha que ser uma coisa diferente, porquepastel tem em todo lugar e algo que justificasse o investimento e as pessoas se interessassem. Fique pensando e me lembrei de que quando era criança, a minha mãe fazia uns conezinhos recheados de festa salgados, com maionese e colocava à mesa”, conta.
Atualmente, Wladmir e a mulher são professores, ele de educação física e ela de língua portuguesa. Porém, ele já trabalhou com lanches e pizzas e se lembrou dos tais cones de pizza.
“Fui ver os cones de pizza, que são cones grandes de alumínio. Foi outra guerra, de não acha aqui, não acha ali e comprei pela internet até. Quando chegou, comecei os testes: fritar, enrolar e veio à outra dificuldade, que, diferentemente da pizza de cone, que existe, a pessoa pré-assa, coloca o recheio e volta para o forno. Eu tinha que colocar algo quente dentro, porque não posso voltar a fritar a massa”, explica.
Foram cerca de dez dias de testes em que a esposa e os filhos passaram comendo os pasteis de cone até definir as receitas. “Comecei só com o estrogonofe de carne e de frango, que era o que eu tinha pensado primeiro. Depois veio a ideia do filé mignon. O filé mignon eu faço na hora, com azeite e grelhado na hora com cebola roxa, coloco no cone e jogo o requeijão por cima. Nesta semana, estreou o de carne de sol com queijo coalho, flambado com maçarico, requeijão e pimenta biquinho”.
O cone é feito com massa de pastel tradicional. Wladmir encomenda a massa, pois, a princípio, o contêiner não tem espaço suficiente para fazer trabalhar a massa. “Quando eu pensei em tudo, eu já tinha na minha cabeça com qual massa eu trabalharia. Eu conheço uma senhorinha há quase 30 anos, ela trabalha com feita. Fiz os testes com a massa dela, que é maravilhosa, e foi a negociação. Lógico que futuramente a gente pensa em fazer quando nos estruturarmos”.
Entre os cones, o salgado é maior do que o doce. A massa é passada no açúcar com canela e deixa o gostinho de churros. Os sabores são de frutas da época com doce de leite, brigadeiro branco ou chocolate. Também, há de banana com leite condensado e Ovomaltine. “Eu e minha esposa, sempre fomos de ir atrás de novidades e coisas diferentes para experimentar e ver se vale a pena. Queríamos aguçar isso nas pessoas”.
Os cones salgados têm valores entre R$ 11,95 e R$ 15,95; o cone doce entre R$ 9,95 e R$ 11,95; as porções custam entre R$ 9,95 e R$ 34,95; e os pasteis comuns entre R$ 7,95 e R$ 11,95.
“As pessoas que comem voltam para elogiar, porque é recheio do começo ao fim, diferente do pastel comum, que, por mais que você recheie, ele [o recheio] se desloca para um lado. Os meus pasteis são super recheados, só que o recheio do cone, você come do começo ao fim sem problema de massa sem recheio. É suficiente para uma porção individual”.
Coronel Food Park fica na avenida Coronel Antonino, 1870, próximo ao terminal. O espaço fica aberto de terça a domingo das 17h30 às 23h. Nos fins de semana o horário se estende até às 00h.
Mais informações pelo Instagram @pimentapastelcg