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Sabor

“Pisquilinha” dá nome a pão de queijo que salvou família em 2020

Pai sonha em se tornar piloto em companhia aérea, mas enquanto sonho não vem, ele leva história e pão de queijo de porta em porta

Thailla Torres | 20/01/2021 07:57
Família vende pão de queijo de porta em porta na cidade (Foto: Arquivo Pessoal)
Família vende pão de queijo de porta em porta na cidade (Foto: Arquivo Pessoal)

É de porta em porta que o piloto de avião Aller Bueno de Menezes, de 27 anos, leva sua história de vida e pães de queijos aos clientes. Morador da região do Rita Vieira, os vizinhos tem conhecido sua batalha para ganhar uma grana na pandemia enquanto o sonho de ingressar numa companhia aérea não se concretiza.

O que chama atenção, além da história da família, é a companheira do vendedor que dá nome ao negócio e se tornou sua maior motivação. A filha Letícia, de apenas 1 aninho, viu o apelido Pisquilinha dar nome a marca de pães de queijo do pai e da mãe Andreia Gomes Martins João. Além disso, vira e mexe a menininha está nos braços do pai durante as entregas.

De um jeito fofo, ela até fica ao lado dos pais durante a produção em casa, com direito a touca protetora mantendo os cuidados com a higiene.

Aller conta que a venda de pão de queijo na pandemia foi uma alternativa enquanto seu maior sonho não vem.

A iniciativa partiu do incentivo da sogra. “Sempre gostei de cozinhar e esse pão de queijo é uma receita da minha mãe. Um dia fiz para minha sogra, e ela gostou tanto que deu a ideia de fazer para vender. E assim comecei”.

As primeiras vendas foram para os amigos mais próximos, depois Aller e a esposa passaram a vender de porta em porta para meus vizinhos na região do Rita Vieira e Copharádio.

Essa é Letícia, de 1 ano, apelidada de Pisquilinha, que dá nome ao negócio do pai (Foto: Arquivo Pessoal)
Essa é Letícia, de 1 ano, apelidada de Pisquilinha, que dá nome ao negócio do pai (Foto: Arquivo Pessoal)

Já sobre o nome, a ideia veio quando a filha passou acompanhar os pais nas entregas. “Como iniciamos na pandemia, levávamos. Mas ela só ficava no carro”.

O trabalho é um paliativo até Aller realizar seu sonho. “Sou piloto de avião que herdou essa vontade do meu avô que também era piloto. Realizei meus cursos de piloto privado e comercial aqui em Campo Grande em 2012 e logo fui pra Bahia acumular mais horas de voo, voando com meu pai, que naquela época estava trabalhando como piloto em Luis Eduardo Magalhaes, na Bahia”.

De 2014 a 2017 Aller diz que morou Nova Zelândia para se qualificar na língua inglesa, mas quando viu que seria possível validar suas carteiras diz que tomou a decisão de voltar e tentar carreira na aviação brasileira mesmo.

“Eu estava participando de processos seletivos em uma companhia aérea quando estourou a pandemia, e os pães de queijo foram uma alternativa para minha família. Por isso, sigo vendendo de porta e porta”.

Além dos tradicionais, há pães de queijo recheado com Nutella e goiabada. Quem quiser encomendar pode conferir a “Pisquilinha” no seu perfil do Instagram.

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