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Sabor

“Podrão” lotado de maionese bomba e cliente não perdoa dono se faltar

E se ele esquece da maionese em abundância em seus lanches, os clientes não perdoam

Suzana Serviam | 22/01/2022 08:01
Bagual mostrando o lanche com chorinho da maionese. (Foto: Suzana Serviam)
Bagual mostrando o lanche com chorinho da maionese. (Foto: Suzana Serviam)

O nome dele é Rafael, mas absolutamente ninguém o conhece assim. Os íntimos chamam de "Bagualzinho". Os menos íntimos, é de Bagual mesmo. Nome esse que é levado na maionese que virou o ingrediente indispensável em seus “podrões”, termo dado àqueles lanches de rua com recheios generosos e que fazem a felicidade do povo, especialmente, na madrugada.

Inclusive, foi um leitor quem procurou o Lado B para sugerir a pauta. Ao pedir uma matéria sobre o lugar, destacou a maionese dizendo ser uma delícia e ainda comentou que tudo é feito dentro de uma minivan na Avenida Afonso Pena.

Rafael Jaeger, 39 anos, revela atender no ponto há três anos, mas essa profissão começou a fazer parte da sua vida no ano de 2015.

“Antes disso, eu viajava muito, porque eu era técnico de som de artistas que cantavam sertanejo. Meu último trabalho nessa área foi com a dupla Bruninho e Davi. Estávamos na VillaMix, acho que em Brasília. Lá, tinha um tiozinho que vendia lanche numa “vanzinha” igual a essa. Como eu já estava cansado de viajar, foram 22 anos na estrada, acabou que me inspirei naquele cara e decidi fazer igual por aqui”, recordou Rafael

Essa é a minivan que Bagual faz seus laches. (Foto: Suzana Serviam)
Essa é a minivan que Bagual faz seus laches. (Foto: Suzana Serviam)

"Pessoal aqui fala que sou igual Tim Maia, porque o pessoal ia no show e o próprio cantor não ia. Eu a mesma coisa aqui. Tem vez que falo que venho atender e não venho".

Esse receio bateu na repórter que vos escreve, porque ao ver o horário de funcionamento na internet, descobriu que quinta-feira era um dia fechado. Mesmo assim, tentou arriscar e encontrou Bagual preparando tudo dentro da van em dia útil.

E por que dentro da van? A primeira resposta do Bagual foi na lata: "Mulher, eu não sei porque, na verdade, mas tem mulher que quer pegar, me agarrar. Aí esse foi um dos motivos que trouxe tudo para dentro. O outro motivo é porque, na época, eu vendia aqui sozinho e tinha dias chuvosos. Do lado de fora, eu me molhava. Daí, eu descobri que se eu ficasse aqui dentro, o pessoal comia igual, estou até hoje e não vou sair”, revelou

O espaço é bem pequeno, mas tudo muito organizado. No veículo, cabem as cadeiras que ficam na calçada, os ingredientes e embalagens. Bagual senta na parte traseira para cozinhar. Mesmo trabalhando sentado, o bichinho chega a cansar por conta da demanda.

Primeiro lanche com a maionese e, ao fundo, os outros já montados. (Foto: Suzana Serviam)
Primeiro lanche com a maionese e, ao fundo, os outros já montados. (Foto: Suzana Serviam)

A estratégia é conquistar o cliente por meio da maionese. "Quem curte fica bem satisfeito", diz. A base dos lanches é bem recheada e para completar, em cima do sanduba, vem um generoso chorinho.

A invenção veio do Rio Grande do Sul. Por lá, o lancheiro tem a tradição de colocar bastante maionese. “Quando eu comia, chegava sair para fora e desde do primeiro dia que atendo aqui, faço isso. Ficou uma marca”, afirma. Quando Bagual esquece de colocar o mimo, os clientes fazem questão de lembrar e não perdoam se vier sem.

O carro-chefe é o lanche de costela e, geralmente, ele fica Avenida Afonso Pena, 4179 – Jardim dos Estados. Para saber os dias em que Bagual estará por lá, basta acompanhar no Instagram @bagualburgueredog.

Bagual preparando os lanches. (Foto: Suzana Serviam)
Bagual preparando os lanches. (Foto: Suzana Serviam)

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