Receita de família é sempre um bom negócio quando sai da gaveta
Veja as histórias de quem fez receitas da mãe, tia, sogra virar 'carro-chefe' de negócio
Tem receita que é uma verdadeira herança que passa de geração a geração. Pratos com história e significado afetivo são sempre histórias bem-vindas no Lado B.
Em 2023 mostramos várias histórias de pessoas que fizeram as receitas, antes mantidas somente no núcleo familiar, virarem carro-chefe de negócios em Campo Grande.
Em 2024 queremos trazer mais exemplos como os que estão na retrospectiva. Mande sua sugestão sempre que quiser através das nossas redes sociais e WhatsAp (67) 99669-9563. Relembre algumas das que marcaram 2023.
Jane faz cuca que é “memória viva” de mãe que partiu após acidente
Toda vez que Jane Basseto, de 57 anos, vai para a cozinha fazer cuca ela volta no tempo. A receita foi ensinada há décadas pela mãe, Maria, que faleceu em 2019. Quando está com as mãos na massa ou fazendo o recheio, Jane lembra da mulher que a vida toda preparou o prato que fazia parte de toda refeição da família.
O prato afetivo é carregado de saudade e memórias que são revisitadas semanalmente quando produz as cucas. Jane relata uma das recordações que guarda com carinho. “Na época não tinha fogão a gás, lembro dela fazendo no forno de barro com pedra. Lembro nitidamente dela”, afirma.
Tradição de família, pavlova fez Leonardo resgatar negócio de 1997
Croissant, cannoli, pavlova, petit gateau, banoffee e um toque de família e tradição fazem parte da história do Steffens Pastry Shop. A loja, que funciona somente pelo delivery, é administrada por Leonardo Steffen, de 33 anos, que na pandemia resgatou um negócio que começou com a mãe e a tia.
Em 1997 as duas mulheres faziam encomendas de ovos e cestas personalizadas para Páscoa quando criaram a Steffens Chocolates Finos. Durante anos consecutivos atendiam no Shopping Marrakech até que Leonardo se juntou a elas.
Pelas feiras, argentino não esconde história de amor e receita da mãe
Há 10 anos Nicolás Pecchio deixou a profissão de arquiteto para se dedicar à gastronomia. Após fazer sucesso em Belo Horizonte, apresentar as empanadas aos mineiros e agitar as noites da cidade servindo pratos típicos da Argentina, o chef veio para Campo Grande recomeçar.
Apesar de ter deixado a Argentina e adotado o Brasil como casa em 2000, Nico nunca abandonou as tradições da terra natal. Do primeiro lar, além do sotaque, ele trouxe as receitas que cresceu aprendendo na cozinha da família.
Pudim de parmesão é 'herança' que Marília levou para restaurante
Marília Lima, de 55 anos, lembra detalhes do dia em que o pai inventou a receita do pudim de parmesão. A sobremesa que é tradição na família agora é servida no restaurante que ela abriu na Rua José Antônio.
O estabelecimento é o primeiro de quem cozinha há mais de 30 anos e herdou essa paixão do pai. Na busca pela culinária afetiva, a empresária investiu no ‘Restaurante Na Marília’ que inaugurou no começo deste mês no Centro de Campo Grande. O local, que funciona de segunda a sexta, tem bufê variado e sexta com menu especial à base de peixe.
Ana faz com amor receita de pão de mel que a tia revelou antes de partir
Em 1996, Ana Paula Domingues Ferreira, de 51 anos, ganhou da tia a receita que seria reproduzida várias vezes pelos anos seguintes. O pão de mel foi o que ajudou ela a concluir a faculdade de biologia e ter uma renda extra para criar o filho recém-nascido na época.
A receita atravessou o estado de São Paulo para chegar a Mato Grosso do Sul. Ana lembra que a tia veio a visitar meses depois de ter dado à luz. “Meu filho nasceu no final de 1995 e ela veio me visitar em janeiro de 1996. Ela passou a receita, ela falou: ‘Olha, a tia tá passando e você faz’. Nós experimentamos e gostamos e começamos a vender”, conta.
Lucinda teimou em fazer saltenha e hoje faz sucesso até em Londres
Lucinda Abadia Moraes, de 51 anos, não queria de jeito nenhum aprender a fazer saltenha, mas a insistência e paciência da sogra venceram. Ela tinha 14 anos quando dominou a receita da iguaria que faz sucesso no Bairro Coophavila II e já foi provada em Londres.
Corumbaense, Lucinda chegou em Campo Grande há 4 anos, mas até hoje a saudade da terra natal não passou. Na época, ela veio com o marido e o filho devido a uma oportunidade de trabalho na Capital.
Há 3 meses, Janice serve receitas árabes deixadas pela sogra querida
Esfihas recheadas, arroz marroquino, kibe cru e coalhada são alguns dos pratos árabes que Janice Cristiane Gonçalves Beck, de 40 anos, prepara na Rua Spipe Calarge. Essas e outras receitas são feitas do jeito que ela aprendeu com a sogra Ana Lúcia, que faleceu durante a pandemia em decorrência da covid-19.
Há três meses, ela e o esposo Nestor Pache Anache Filho, de 40 anos, abriram o restaurante Analu Especialidades Árabes, onde servem almoço e jantar com o cardápio à la carte. Apesar de o negócio ser novo, ele tem muita tradição graças à história de Ana Lúcia e Janice.
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