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Lado Rural

Abates de bovinos em MS crescem 17% no primeiro semestre de 2024

Boi gordo no futuro volta à casa dos R$ 230,00, afirma relatório do Cepea

Por José Roberto dos Santos | 19/07/2024 12:18
Gado se alimenta de suplemento em cocho; redução na oferta começa a refletir positivamente no preço da arroba. (Foto: Arquivo/Agro Agência)
Gado se alimenta de suplemento em cocho; redução na oferta começa a refletir positivamente no preço da arroba. (Foto: Arquivo/Agro Agência)

Relatório da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), mostra que Mato Grosso do Sul movimentou 353,3 mil animais para abate em junho de 2024, representando queda de 0,59% em relação a maio e aumento de 19,2% em relação aos 296,3 mil animais de junho de 2023. No semestre, entretanto, o total de animais para abate somou 2,06 milhões de cabeças e foi 17,2% maior que o número de igual período de 2023. Do número de animais produzidos para abate 1 milhão foram vacas, o que representou aumento de 8,9% em relação aos 925 mil no semestre de 2023. E respondeu por 48,9% dos animais abatidos nos seis meses de 2024.

No mês de junho de 2024 as indústrias inscritas no SIF (Serviço de Inspeção Federal) abateram 298,8 mil animais. Esse número representou queda de 2,6% em relação ao mês de maio e foi 21,2% maior que os 246,5 mil abates de junho de 2023. Os números são do Boletim 165 Casa Casal – Pecuária,  de julho, publicado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

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Arroba do gado reage em julho

No dia 17 de julho, o boi gordo foi cotado ao valor médio de R$ 216,75 por arroba em Mato Grosso do Sul, refletindo em alta de 3,1% no período de 01 a 17/07. A arroba da vaca apresentou valorização de 3,2% e foi cotada a R$ 199,40 no dia 17. A recuperação no preço da arroba é reflexo da redução gradual na oferta de animais, combinado ao estímulo na demanda com consumo em alta na primeira quinzena do mês e a continuidade de bom ritmo nas exportações.

Exportações de carne de MS crescem

No mês de junho a exportação de carne bovina in natura de MS, foi US$ 102,5 milhões em receita e 22,1 mil toneladas em volume. No semestre de 2024 a receita foi US$ 546,8 milhões e o volume totalizou 116,7 mil toneladas. Esses números superaram o resultado de igual período de 2023, com alta de 23,4% na receita e volume 26,0% maior de um ano para o outro.

Na avaliação do secretário da Semadesc, Jaime Verruck, ao falar dos resultados mostrados pela Carta de Conjuntura Comércio Exterior, no caso da carne bovina, o Estado começa a ver os primeiros resultados positivos do credenciamento de frigoríficos para a China. “A retomada nas exportações de carne bovina já mostra o quanto o crescimento na habilitação dos frigoríficos tem sido favorável para a exportação de MS”, frisou.

No primeiro semestre de 2024, a China, se manteve no primeiro lugar dos destino da carne bovina in natura sul-mato-grossense, com 21,3% do faturamento e o equivalente a 25,3 mil toneladas. Os chineses aumentaram em 3,8% as compras no 1º semestre de 2024 em relação a 2023. O Chile respondeu por 16,3% da receita com as exportações de carne bovina e comprou 18,2 mil toneladas. O volume comprado foi 15,4% maior que igual período de 2023. Os Estados Unidos, na terceira posição, responderam por 14,8% do faturamento com a compra de 17,8 mil toneladas e diminuiu 11,3% o volume, quando comparado a 2023.

Com esses resultados, Mato Grosso do Sul consolida-se em quarto lugar no ranking das exportações de carne bovina in natura, atrás somente do Mato Grosso, São Paulo e Goiás.

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Boi gordo no futuro chega a R$ 230,00

O Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 apresenta recuperação na parcial de julho, voltando à casa dos R$ 230,00. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em análise publicada pelo portal na internet da instituição, a baixa oferta de animais a pasto é o principal motivo dos reajustes positivos.

Para a carne, o movimento também é de reação nos preços. Conforme pesquisadores do Cepea, além da diminuição no volume de animais prontos para abate, houve certo aumento do consumo doméstico.

No acumulado do primeiro semestre, porém, as cotações do boi e das demais categorias de animais caíram, refletindo a disponibilidade recorde de carne bovina.

Cálculos do Cepea, baseados em estimativa própria da produção, em dados do IBGE e da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) revelam que o volume de carne disponível no mercado brasileiro de janeiro a junho superou em 14,43% o do mesmo período do ano passado, atingindo a marca histórica de cerca de 3,58 milhões de toneladas.

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