Crédito rural para MS somou R$ 12 bilhões no Plano Safra no 2º semestre de 2022
Valor representa aumento de 27,02% em comparação com o mesmo período do ano anterior
Levantamento feito pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) mostra que entre julho e dezembro de 2022, o desembolso do crédito rural para o MS somou R$ 12,4 bilhões no Plano Safra 2022/23. O número é 27,02% maior que o 2º semestre de 2021, de R$ 9,76 bilhões.
O diagnóstico, divulgado à imprensa nesta segunda-feira, 30, foi feito de acordo com levantamento do Sistema Famasul com dados do Banco Central do Brasil. Do valor total de recursos acessados no estado, 74,04% foram utilizados no setor agrícola, equivalente a R$ 9,23 bilhões. Na pecuária foram R$ 3,23 bilhões, com 25,96% do total.
“O aumento na contratação de financiamento de crédito rural decorreu da elevação dos custos de produção, de taxas de juros mais atrativas e das oportunidades de mercado por meio de condições favoráveis de preço e de demanda”, destaca Jean Américo, analista de economia do Sistema Famasul.
Distribuição do recurso
A maior parcela do recurso foi destinada à modalidade custeio, com 71,39%; o valor em investimento foi de 20,42%; a comercialização foi responsável por 6,06%; e a industrialização com 2,13%. O volume destinado ao custeio foi 45,78% superior ao mesmo período de 2021. Já o investimento e comercialização, sofreram reduções de 1,70% e 25,01% respectivamente.
O repasse via bancos privados representou 16,74% e as cooperativas de crédito responderam por 9,52% do recurso aplicado em Mato Grosso do Sul. Foram mais de 21,8 mil contratos fechados no 2º semestre de 2022 em Mato Grosso do Sul. No período, produtores do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) contrataram mais de R$ 187,13 milhões em 3,1 mil assinaturas.
BNDES volta a financiar o campo
O Mapa (Ministério da Agricultura) anunciou na sexta-feira, 27, a reabertura de protocolos e contratações de operações de crédito no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal, anunciada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). São cerca de R$ 2,9 bilhões para atender 12 programas e para os protocolos de novas operações no âmbito de diversas linhas do Plano Safra 22/23, que haviam sido suspensos no ano passado em razão do nível de comprometimento dos recursos.
Com a medida anunciada pelo BNDES, a reabertura em 1° de fevereiro prevê apoio à agricultura familiar e empresarial para custeio e investimento em diversas finalidades, como projetos de ampliação e modernização da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, sustentabilidade, armazenagem, inovação e modernização de cooperativas.
