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Lado Rural

Estado ganha mapeamento de solo para monitorar atividades agropecuárias

Estudo é realizado pelo Governo do Estado, em parceria com a Embrapa, prefeituras e sindicatos rurais

Gustavo Bonotto | 28/03/2023 19:36
Mapa de retenção de água no solo, divulgado pela pasta. (Foto: Reprodução/Semadesc)
Mapa de retenção de água no solo, divulgado pela pasta. (Foto: Reprodução/Semadesc)

A Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) anunciou estudo que mapeia a capacidade de retenção de água no solo dos municípios de Mato Grosso do Sul durante a tarde desta terça-feira (28). O projeto faz parte do Zoneamento Agroecológico, que busca reduzir as perdas agrícolas relacionadas a problemas climáticos no Estado.

O estudo a qual o mapa pertence será o primeiro no País com nível de detalhamento exato. De acordo com o gestor da pasta, Jaime Verruck, ações como esta colocam o Estado na vanguarda do uso tecnológico.

"O mapeamento vai permitir que o agricultor saiba em que época do ano e em qual localidade o solo é apropriado para plantar algodão, ou melancia, ou ainda frutas, considerando não só as características do solo, mas a capacidade de retenção de água, a distribuição de chuvas durante o ano", pontuou o secretário.

O secretário Jaime Verruck durante reunião. (Foto: Alvaro Rezende/Semadesc)
O secretário Jaime Verruck durante reunião. (Foto: Alvaro Rezende/Semadesc)

As análises são realizadas em convênio com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Para se chegar a essa gama de informações, o território sul-mato-grossense foi dividido pelo tipo de solo.

Todo material coletado foi encaminhado ao Laboratório de Solos da Faculdade de Agronomia da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP de Piracicaba, em São Paulo, para se definir as características físicas e químicas presentes.

De acordo com o secretário-executivo de produção sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, o estudo resultará no desenvolvimento de produtos essenciais.

"Teremos o mapa de solos e de culturas em escala, o mapa de água disponível no solo, o mapa de estoque de carbono orgânico no solo, o mapa de susceptibilidade à erosão, mapa de classe de terras para irrigação e um banco de dados georreferenciados com os dados do projeto”, relatou.

Os trabalhos de campo são desenvolvidos pela equipe técnica própria Semadesc, em parcerias com a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), prefeituras e sindicatos rurais. Os trabalhos de coleta de amostras e análises de solo serão finalizados no segundo semestre de 2023.

(*) Matéria atualizada às 20h01 para acréscimo de conteúdo.

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