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Lado Rural

“Estamos monitorando”: Famasul sobre possível pausa na venda de fertilizantes

Rússia pediu pausa nas exportações aos fabricantes devido à guerra; autoridades de MS acompanham situação

Giovanna Dauzacker | 05/03/2022 10:05
Fertilizantes são utilizados no campo para aprimorar cultivo. Foto: ilustração
Fertilizantes são utilizados no campo para aprimorar cultivo. Foto: ilustração

A Rússia recomendou aos fabricantes de fertilizantes do país a suspensão das exportações de fertilizantes, em razão da guerra com a Ucrânia. O anúncio pode afetar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, que importa 23% dos insumos que utilizam nas lavouras do país.

Em Mato Grosso do Sul, a semeadura do milho segunda safra está em andamento, mas, segundo o departamento técnico da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado), tem os insumos garantidos.

“O Sistema segue monitorando os efeitos desse conflito lamentável. A Rússia e a Ucrânia são importantes fornecedores de fertilizantes, matéria-prima fundamental para a produção agropecuária brasileira”, afirmaram ao Campo Grande News.

Mapa se pronunciou via Twitter. Foto: Reprodução
Mapa se pronunciou via Twitter. Foto: Reprodução

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), se manifestou via Twitter, reforçando que não há nada de concreto no pedido, “trata de uma recomendação do governo russo que, a princípio, não está afetando ainda o comércio de fertilizantes para o Brasil”.

Ainda de acordo com a pasta, uma nova remessa dos produtos está a caminho do país. “O Mapa recebeu a informação de embarque de fertilizantes, ocorrido hoje (4), da empresa russa Acron para o Brasil”.

A ministra Tereza Cristina já havia se pronunciado anteriormente e afirmado que a agricultura brasileira tem fertilizante suficiente para atender a demanda do país até outubro. Ainda em março, ela deve anunciar o plano nacional de fertilizantes.

Dentro das fazendas – Produtores rurais sul-mato-grossenses acompanham a situação com cautela e fazem previsões do que pode acontecer.

“É evidente que a baixa oferta deste insumo pode provocar um aumento significativo nos custos de produção e uma redução significativa na produção agrícola do MS e do País, o que pode causar uma alta nos preços dos produtos agrícolas. Mas a Rússia não é o único fornecedor”, afirma o produtor e ex-presidente da Aprosoja MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado), Christiano Bortolotto.

Na pecuária, para outro produtor, que também esteve à frente da Aprosoja no Estado, Juliano Schmaedecke, a produção não deve ser afetada com uma possível suspensão das exportações de fertilizantes. “Os preços dos adubos já estavam muito altos e muitos já haviam comprado”.

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