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Lado Rural

Horticultura é a atividade que mais sofre com os efeitos do inverno em MS

Estação segue até setembro; Famasul orienta produtor a minimizar efeitos do frio e da seca

Por José Roberto dos Santos | 24/06/2024 16:45
Alface cultivada em estufa, no município de Terenos. (Foto: João Carlos Castro/Divulgação Sistema Famasul)
Alface cultivada em estufa, no município de Terenos. (Foto: João Carlos Castro/Divulgação Sistema Famasul)

O inverno teve início na última quinta-feira (20) e é a temporada caracterizada por menor incidência dos raios solares e um clima mais seco. Com duração até o dia 22 de setembro, a estação exige uma atenção redobrada dos produtores rurais para minimizar impactos em algumas culturas.

“As baixas temperaturas no período do inverno atingem várias cidades no Estado, alguns com riscos de geada, que podem prejudicar o desenvolvimento de algumas culturas e o produtor precisa ter atenção para reduzir esses efeitos”, observa o assessor técnico do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Dorly Pavei, em nota distribuída à imprensa.

As folhosas estão entre as principais culturas com risco nesse período, devido à sensibilidade que possuem. “A ocorrência de geada pode queimar as folhas e depreciar o produto na hora da comercialização”, destaca.

Entretanto, o assessor explica que, se minimizados os impactos, as folhosas podem se favorecer do clima ameno. O calor excessivo geralmente prejudica o desenvolvimento da cultura. Com a prevenção da queima de folhas, causada pela geada, o produtor pode melhorar as condições da produção.

Irrigação ajuda

Um dos principais aliados no inverno é o sistema de irrigação. “É um período muito seco, então é necessário suplementar a quantidade de água para as plantas. Para se prevenir contra as geadas, o sistema de irrigação por aspersão auxilia nesse processo, mas não garante que a planta não sofra. Investir em sistemas de cultivo protegido também é uma saída”, orienta o profissional.

O produtor rural Geralmino Ferreira Borges, há cerca de 13 anos trabalha com folhagens e alguns legumes, como abobrinha e maxixe. Ele conta que, nesse período, tem um cuidado a mais com a produção. “Por causa da geada, nós tentamos proteger a lavoura no inverno”.

Geralmino ressalta algumas alternativas que utiliza para atenuar os prejuízos. “Queimamos maravalha no tambor para ajudar e temos uma estufa também, com algumas produções dentro. Tentamos o máximo possível prevenir para a geada não matar tudo”.

O inverno para o consumidor

Para o consumidor final, Dorly ressalta que o valor da compra dos produtos só será mais caro se o inverno for mais rigoroso. “Se o clima não for tão rigoroso, temos aumento de produção e, consequentemente, o preço das folhosas caem para o consumidor final. No entanto, se houver uma geada com perda parcial ou total das áreas, pela oferta e demanda, temos um aumento dos preços dos produtos. Então, o que vai regular o mercado é a quantidade que será produzida no período”.

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