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Lado Rural

Mapa aumenta para 60 os produtos para combate orgânico de pragas

Vespas usadas no combate do pulgão são destaque das novas publicações

Por José Roberto dos Santos, com informações do Mapa | 01/07/2024 15:30
Vespinhas passam a ser utilizadas no controle do pulgão. (Foto: Ivan Cruz/Embrapa Milho e Sorgo)
Vespinhas passam a ser utilizadas no controle do pulgão. (Foto: Ivan Cruz/Embrapa Milho e Sorgo)

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) publicou portaria que eleva para 60 o número de ER (especificações de referência) de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica. As novas ER são de amplo acesso e devem facilitar o registro de produtos à base de agentes biológicos de controle.

Os produtos registrados com base em ER podem ser usados no manejo fitossanitário tanto em cultivos orgânicos quanto em convencionais. Eles ampliam o leque de opções de baixo impacto para o produtor rural que, até o final de maio deste ano, já contava com mais de 300 produtos registrados.

“Quase 90% dos produtos à base de agentes biológicos de controle registrados no Brasil são pela via das especificações de referência. Nossa expectativa é que esse número aumente com as novas ER”, ressalta Angélica Wielewicki, chefe do Serviço de Especificações de Referência da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa.

A ER59 tem a vespinha Aphidius colemani como ingrediente ativo para o manejo fitossanitário do pulgão Aphis gossypii. “Embora existam agrotóxicos registrados no Brasil para o controle dessa praga, as opções de produtos de baixo impacto ainda são poucas. A inovação, neste caso, está no fato de a vespinha ser o primeiro parasitoide autorizado contra o pulgão”, destaca Angélica.

Na ER60, o ingrediente ativo é também uma vespinha parasitoide, o Telenomus remus. A indicação de uso desse novo agente contou com a contribuição do Pesquisador Ivan Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo, e tem como alvo a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda). Este é o segundo parasitoide autorizado para o controle dessa praga que, até então, só contava com o Trichogramma pretiosum.

Agrotóxicos convencionais

A expansão da área plantada dos principais cultivos atrelada às condições climáticas enfrentadas pelo Brasil ao longo de 2023 favoreceu a proliferação de pragas e doenças na agricultura brasileira, promovendo um aumento médio de 10,5% da área tratada com defensivos agrícolas no acumulado do ano.

Mato Grosso do Sul, ao lado de Goiás e Distrito Federal, expandiu em 8% o uso, ficando em quinto lugar no ranking. No que se refere ao volume nacional de defensivos agrícolas utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas ao longo do ano, foi registrado o uso de um total de 1.424.588 toneladas, considerando o número de aplicações necessárias por situação.

É o que mostra o resultado consolidado de pesquisa encomendada pelo Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal), em matéria publicada pela coluna Lado Rural.

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