Tem um pé de pequi aí na sua rua? Faça uma foto e envie para a gente
Enquanto fruto não madura, árvore conquista pela sombra; ajude a gente mapear os pequizeiros da cidade
Fotografe o seu pé de pequi e envie a imagem para a gente. Entre no mapa interativo, insira um relato e a imagem:
O pequi é verdadeiramente disputado entre os meses de novembro e janeiro, quando, normalmente, o fruto amadurece. Com caroço amarelado e cheiro marcante, o alimento pode até não agradar alguns, mas o valor da sombra que os galhos de árvores avantajadas produzem é indiscutível, o ano inteiro.
Para dar o devido valor ao símbolo da culinária sul-mato-grossense, o Campo Grande News quer mapear os pequizeiros pela cidade. Ajude, fazendo uma foto e apontando no mapa aí no início dessa reportagem.
Atualmente, por exemplo, mesmo fora da época, os pés de pequi são fortes aliados contra o calor de 30ºC, em média, na Capital. Benefício que dona Elza Alves Martins, de 57 anos, não abre mão.
“Quando não tem fruto, é a sombra que é muito boa. Quando eu me mudei, não tinha sombra nenhuma, o pé era bem pequeno, cheguei a plantar outras árvores frutíferas, como acerola, jabuticaba, laranja e uva. Mas bastou crescer, para me presentear com essa maravilha que é a sombra”, destaca dona Elza, moradora do Jardim Mansur, onde árvore da espécie garante o verde em plena Avenida Felipe Camarão, onde o movimento de veículos é grande.
Ao lado dos cães que cria, a dona de casa diz ainda que os 12 metros de árvore se tornaram parte da casa onde mora. "Eu não tenho varanda, se chega visita em casa, a gente fica tudo aqui, protegido do sol".
Próximo dali, no silêncio do Bairro Cidade Jardim, enormes pés de pequi - a maioria com mais de 15 metros de altura – tomam conta de calçadas da região. Como na Rua da Assembleia, esquina com a Rua dos Álamos.
Com trânsito tranquilo, quem passa pelo local consegue admirar a árvore, facilmente. Cerca de 200 metros à frente, tem outro pé de pequi. Dessa vez, no cruzamento da Rua da Assembleia com a Rua Resedá, onde a sombra chega a ser ainda mais convidativa.
A engenheira de alimentos Paula Beolchi, de 48 anos, mora ao lado. Apesar de integrar o grupo “anti-pequi”, na cozinha, ela conta que, além de admirar a árvore na esquina de casa, não abre mão de outros dois pés do fruto, em seu quintal.
“As árvores de casa são nativas, construímos a casa fizemos questão de manter elas. Na época certa, fazem sujeira, mas trazem araras e eu acho lindo”, comenta Paula.
Do outro lado da cidade, no Jardim Montevidéu, o pé de pequi reina no canteiro da Avenida Ana Rosa Castilho Ocampos. Única árvore, no espaço, o pequizeiro é como um filho para o morador Claudecir Diogo Isaías, de 50 anos, que garante fazer de tudo para manter o fruto, no local.
“Eu já briguei por causa desse pé de pequi, tudo para não arrancarem ele. Moro há 20 anos, quando eu cheguei o pé já estava aqui. Dá bastante fruto e o pessoal não deixa sobrar. Tem gente que pega até verde”, afirma o paisagista, que diz aproveitar os dias de fartura para cozinhar o caroço com arroz, frango, além de separar uma parte para a famosa conserva, herança da bisavó. "É o jeito que eu encontro de ter pequi o ano inteiro", finaliza.
O morador, inclusive, conversou com a equipe do Campo Grande News no dia em que completa 50 anos e, apaixonado pelo pé de pequi em frente à sua casa, ele garante: "Se não fosse a pandemia, o churrasco hoje seria debaixo dele", brinca.