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Meio Ambiente

Animais conseguiram escapar de fogo usando ilhas de água e aceiros no Pantanal

Equipe encontra rastros frescos e sinais de que a natureza conseguiu recursos importantes para sobreviver

Por Gabriela Couto | 08/02/2024 23:00
Lagoas que resistiram ao fogo no Pantanal viraram 'refúgio' para vida selvagem na Serra do Amolar (Foto: IHP)
Lagoas que resistiram ao fogo no Pantanal viraram 'refúgio' para vida selvagem na Serra do Amolar (Foto: IHP)

Durante os primeiros dias de monitoramento da fauna pantaneira, na região atingida pelo fogo na Serra do Amolar, no Pantanal, em Corumbá, a equipe do IHP (Instituto Homem Pantaneiro) encontrou sinais de que os animais silvestres conseguiram utilizar recursos importantes para sobreviver durante os incêndios.

Até o momento, dois pontos de aceiros, que são caminhos abertos dentro da mata, foram analisados em uma área de 4 hectares. As trilhas funcionaram como corredor e rota de fuga da vida selvagem. Ao mesmo tempo, ‘cortam’ o caminho do fogo, evitando sua passagem para o outro lada da mata.

Os trechos foram abertos preventivamente pela Brigada Alto Pantanal, em meses anteriores ao incêndio, e outros foram feitos durante o episódio que devastou o local considerado Patrimônio Natural da Humanidade. Ao todo, já foram queimados mais de 3 mil hectares, conforme o Painel do Fogo.

Também foram encontradas ‘batidas de pata’ de anta, veado, tatu-pega, além de fezes frescas próximas a lagoas que resistiram ao fogo. Elas funcionaram como área úmida, uma espécie de ilha ou refúgio para a biodiversidade entre as chamas.

Imagem aproximada de aves da espécie cabeça-seca em lagoa que se transformou em ilha úmida entre o fogo (Foto:IHP)
Imagem aproximada de aves da espécie cabeça-seca em lagoa que se transformou em ilha úmida entre o fogo (Foto:IHP)

Nesta fase de monitoramento, os especialistas do IHP instalaram câmeras traps, as armadilhas fotográficas, em quatro pontos. O equipamento ficará registrando a movimentação da fauna nos próximos 30 dias.

O resultado da coleta dessas imagens será fundamental para entender o comportamento dos bichos em meio à regeneração do bioma.

Ainda não há um quantitativo exato de animais impactados com o incêndio. No entanto, já foi encontrado vestígios de caramujos queimados. Mas nenhum mamífero morto, o que para o médico-veterinário do IHP, Geovane Tonolli, é um bom indicativo. Confira abaixo.

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