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Meio Ambiente

Após 50 dias de tratamento, Itapira viaja 19h para ser devolvida ao Pantanal

A onça-pintada foi resgatada em agosto após sofrer graves queimaduras nas quatro patas

Por Lucas Mamédio | 08/10/2024 14:58


A onça-pintada Itapira, resgatada pela organização ambiental Onçafari no Pantanal sul, em agosto, após sofrer graves queimaduras nas quatro patas, foi devolvida à natureza.

O anúncio foi feito na página do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), um dos órgãos responsáveis pelo tratamento do animal junto ao ICMBio, CENAP e Instituto NEX.

“Devido à gravidade das queimaduras e a pedido da equipe que a resgatou, Itapira foi transferida com o apoio do Ibama, do ICMBio e do CENAP ao Instituto NEX, pioneiro e referência nos cuidados com as onças no Brasil, para tratamento médico intensivo”, disse o Ibama em nota.

O tratamento durou mais de 50 dias. A viagem de volta ao habitat natural durou aproximadamente 19 horas, saindo de Goiás até o Pantanal de Mato Grosso do Sul.

“Ela foi devolvida à natureza no mesmo local onde nasceu e onde foi encontrada e resgatada com as quatro patas queimadas, na fazenda Caiman”, completa a nota.

Ainda conforme o Ibama, desde filhote, Itapira é conhecida e acompanhada pela equipe do Onçafari e, a partir de agora, ela será monitorada continuamente com um rádio-colar GPS, instalado antes da sua saída do NEX e que enviará pontos da sua localização diariamente, permitindo que possam avaliar o seu retorno e adaptação com segurança à vida livre.

Outros casos - A situação de Itapira não é isolada. Recentemente, um filhote de onça-parda foi encontrado sozinho em um canavial próximo a Costa Rica, a 397 km de Campo Grande. O animal, que provavelmente se separou da mãe devido aos incêndios que devastaram a região, foi resgatado em estado de fraqueza e foi encaminhado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, na Capital.

Além disso, duas outras onças-pintadas, Miranda e Antã, também estavam sob cuidados veterinários após sofrerem queimaduras graves. Resgatada no dia 15 de agosto em Miranda, a 208 km de Campo Grande, Miranda já se recuperou e foi solta na natureza.

Já o macho de 8 anos batizado de Antã – forte, em tupi-guarani – que foi resgatado no dia 17 de agosto, na região do Passo do Lontra, no município de Miranda, morreu no dia 12 de setembro. Com as patas queimadas e visivelmente debilitado, ele sequer reagiu à presença dos profissionais que fizeram a captura.

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