Ataque de jacaré não é comum, mas orientação é manter distância
Apesar de ataque no Lago do Amor, “este animal silvestre não encara ser humano como presa”, diz PMA
Depois que um homem ficou ferido ao ser atacado por um jacaré no Lago do Amor, em Campo Grande, neste fim de semana, outras histórias sobre a “fera do lago” passaram a circular na internet. Mas, na verdade, de acordo com a PMA (Polícia Militar Ambiental), se trata de uma situação incomum.
Conforme o tenente-coronel Edmilson Queiroz, Chefe de Comunicação da PMA, é muito raro informação de ataque de animal silvestre em Mato Grosso do Sul, apesar de ser um estado com grande fauna. “Em nossa fauna, não há animal que encare o ser humano como presa. Ele só ataca em algumas situações específicas, como fome extrema (o que não pareceu ser o caso), para defender filhotes ou o território e quando se sente acuado”, explica Queiroz.
Pelos relatos de pessoas que costumam frequentar o lago e o vídeo do homem sendo atacado, fica claro que o bicho é territorialista, ou seja, não gosta de ninguém na área dele. Por isso, a orientação da PMA é manter distância. “Apesar do ataque não ser comum, as pessoas precisam compreender que se trata do habitat de um animal silvestre e não podemos facilitar com a aproximação”, disse.
Nas imagens registradas por uma pessoa que estava no local no momento em que ocorreu o incidente, nesta tarde de sábado (23), o homem nada até o meio do lago, quando o jacaré se aproxima e o ataca com uma mordida no ombro. Mesmo ferido, ele consegue chegar a margem.
“Nas imagens, parece que o jacaré pode estar defendendo alguma coisa, alimento ou filhote”, afirma Queiroz.
Outro vídeo que circula nas redes sociais, mostra o jacaré abocanhando um barquinho de brinquedo. O caso aconteceu em dezembro do ano passado. O pai de uma menina de 9 anos resolveu testar o brinquedo que deu para a filha e, após alguns minutos, o jacaré atacou o barco e acabou com a brincadeira.
O Lago do Amor faz parte de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. No local, há placas que sinalizam a proibição de banho na área.
O Campo Grande News procurou a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), mas não houve resposta até a publicação da reportagem.