Bioparque projetou Pantanal em outro nível, diz governador
Aquário completa dois anos, consolidando-se como espaço para turismo e pesquisas
Para o público, são aquários gigantes em que é possível ver uma diversidade imensa de peixes, cobras, jacarés e outras espécies aquáticas. Mas o Bioparque Pantanal cumpre um papel maior do que encantar os olhos dos visitantes. Ele projetou o Pantanal em outra dimensão, seja mundial ou mesmo com o público regional. A análise é do governador Eduardo Riedel, que foi ao local esta manhã, para a abertura de evento científico, em homenagem ao aniversário.
Nesse período, a estrutura viu mais de dois mil nascimentos, com a reprodução de 63 espécies; recebeu mais de 700 mil visitantes, muitos deles estrangeiros, vindos de 129 países, conforme o registro de visitas. Desse público, cerca de 10% foram estudantes. A média diária de visitantes é de 1,6 mil, quase três o volume de pessoas da época da abertura.
Além da contemplação, o Bioparque é também um local de produção de conhecimento. São mais de 40 projetos de pesquisa. Por isso um evento científico foi planejado para comemorar o segundo aniversário, a II Jornada de Pesquisas e Tecnologias, que ocorre de hoje ao dia 28, data em que o Aquário completa dois anos. Parte desse conhecimento está exposto em banners espalhados pelo local. Nesta manhã, o Governo assinou convênios para estudos e também estágio de universitários.
A diretora, Maria Fernanda Balestiere, informou que até mesmo a arquitetura do prédio motiva estudos, o prédio foi projetado pelo renomado arquiteto Ruy Ohtake, que faleceu meses antes da inauguração e não viu a estrutura icônica em funcionamento. É um laboratório vivo, resume.
Outra dimensão - Na análise do governador, o Bioparque proporcionou “outra dimensão para o sentido Pantanal, deu outra dimensão para o turismo do nosso estado, deu outra dimensão para a inclusão, é um ganho inestimável para Mato Grosso do Sul”.
A obra começou na gestão de André Puccinelli e foi concluída e inaugurada pela gestão de Reinaldo Azambuja, da qual Riedel participou. Disse ter sido um “desafio gigante”.
Ele considera que o equipamento ajudará a mostrar ao mundo o que é o Pantanal e que o espaço será muito bem cuidado, dada sua relevância. “É um futuro diferente, é isso que significa o Bioparque.”
Já a diretora apontou que o espaço tem valor “educativo, científico, tecnológico, inclusivo, inovador e é muito humanizado”. A pesquisadora da UFMS, Shirley Vilhalva, revela uma dessas faces inclusivas, que vão além da acessibilidade prevista no prédio. Ela conta que foi possível identificar particularidades de 67 espécies de peixes, como a piraputanga e o jaú, e transformar essas informações em linguagem de sinais, que são reveladas às pessoas com deficiência auditiva durante visita guiada aos aquários que compõem o Bioparque.
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