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Meio Ambiente

Brigadistas atuam na divisa com a Bolívia para fogo não chegar à Serra do Amolar

Brigada Alto Pantanal está há cinco dias atuando no combate à incêndio na baía de Mandioré

Por Fernanda Palheta | 22/06/2024 08:42
Área na baía de Mandioré, em área boliviana, na divisa com o Brasil, onde o incêndio começou (Foto: Instituto Homem Pantaneiro)
Área na baía de Mandioré, em área boliviana, na divisa com o Brasil, onde o incêndio começou (Foto: Instituto Homem Pantaneiro)

A Brigada Alto Pantanal, vinculada ao IHP (Instituto Homem Pantaneiro), está atuando no combate à incêndio na Baía de Mandioré, em área boliviana, na divisa com o Brasil, para impedir que o fogo chegue até a Serra do Amolar.

De acordo com o presidente do IHP, coronel Ângelo Rabelo na região onde o incêndio começou existe um destacamento do exercito boliviano, que perdeu o controle durante o manejo de fogo. "Lamentavelmente o fogo subiu", detalhou.

Os brigadistas estão na fronteira há cinco dias. "A situação não é de controle, o fogo subiu para a crista do morro e estamos tentando controlar esse foco que traz alto risco para a Serra o Amolar", completou Rabelo.

Para o presidente do Instituto a chegada de duas aeronaves previstas para hoje farão diferença. "A expectativa é que com a chegada do helicóptero e avião conseguiremos conter, já que o acesso na região é muito difícil e o combate aéreo é determinante finalizou.

Mapa aponta onde o incêndio começou, na divisa do Bolívia com o Brasil (Foto: Instituto Homem Pantaneiro)
Mapa aponta onde o incêndio começou, na divisa do Bolívia com o Brasil (Foto: Instituto Homem Pantaneiro)

O coordenador estadual do Prevfogo do Ibama em Mato Grosso do Sul, Márcio Yule, disse ao Campo Grande News que o incêndio está sendo monitorado pelo lado brasileiro, mas enquanto está no país vizinho não cabe atuação. "Ao entrar no Brasil vamos atuar para não entrar na Serra do Amolar", afirmou.

Serra do Amolar - Este ano, o fogo já consumiu 338.675 hectares do Pantanal em Mato Grosso do Sul, área que equivale a 313,5 mil campos de futebol. Somente na região da Serra do Amolar foram 114,97 mil hectares. Os focos se intensificaram este ano, por conta da estiagem iniciada antes do período regular e escassez de água.

Corumbá está sem registro de chuvas há 71 dias. A última precipitação no município - de acordo com dados do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) - foi no dia 11 de abril. A chuva foi de 27,8 milímetros. Já em 16 de abril houve registro de apenas 7,4 milímetros. Desde então não ocorreu chuvas em toda a região, incluindo Nhumirim (Nhecolândia).

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