Campo Grande enfrenta nesta sexta-feira a pior qualidade do ar no ano
Segundo medição de estação de monitoramento na Capital, ar é considerado "muito ruim" para respirar
Esta sexta-feira (13) é o dia em que Campo Grande enfrenta a pior qualidade do ar no ano. Nenhum dos 255 passados tiveram um registro tão ruim.
A medição e a comparação são feitas diariamente pela Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). O índice de partículas de poluição presentes hoje é 136ug/m³ e recai no grau "muito ruim", que está abaixo somente do "péssimo".
Segundo o coordenador da estação, Widinei Alves, isso é resultado do aumento de nuvens de fumaça que chega à Capital e ao Estado, de forma geral. Elas são geradas em incêndios ocorridos no próprio Mato Grosso do Sul, em outras partes do País e nos vizinhos Paraguai e Bolívia.
O aumento da fumaça transportada tem a ver com a frente fria que se aproxima do Estado, continua o professor.
"Ela provoca uma mudança na direção dos ventos e vai fazer com que esse corredor, essa fumaça que está num corredor passando principalmente sobre a Amazônia, sobre a Bolívia e Paraguai e um pouquinho do Mato Grosso do Sul, se desloque mais para dentro de Mato Grosso do Sul, cobrindo mais o nosso Estado", diz.
Até a tarde de ontem (12), a qualidade do ar estava em grau "moderado". Começou a ficar predominantemente "ruim" há mais de uma semana, desde a última quinta-feira (5). Quando ela está "boa" os valores são inferiores a 10ug/m³.
Sintomas - Quando a qualidade do ar está "muito ruim", como hoje, a estação prevê que:
"Toda a população pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante. Efeitos ainda mais graves à saúde de grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas)".
As principais orientações são usar máscara, umidificar ambientes, fazer inalação e evitar fazer atividades físicas ao ar livre.
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