Chuva não chega, mas força-tarefa consegue controlar queimadas no Pantanal
Volume considerável de precipitação chegou até Miranda e agora brigadistas torcem pela chuva até o fim de semana
A tão esperada chuva do fim de semana não chegou de forma significativa as regiões atingidas pelas queimadas no Pantanal de Corumbá, a 419 km de Campo Grande, mas a força-tarefa conseguiu controlar a maioria dos focos, de acordo com o coronel Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro.
“A água chegou só até Miranda. Em Corumbá tivemos algumas gotículas, não choveu, mas foi controlado. No meio do Paiaguás (distrito de Corumbá), temos alguns focos ainda”, apontou.
Segundo ele, as queimadas que preocupavam na Serra do Amolar também foram controladas pelos brigadistas. De acordo com o Ibama, as queimadas já devastaram 1,5 milhão de hectares.
O coronel do IHP afirma que agora existe a torcida para que chuva apareça com maior intensidade até o fim de semana “e dar uma trégua para nos reorganizarmos, prepararmos a logística para os meses de setembro, outubro e novembro. Ainda vamos encontrar uma situação delicada”, afirma.
Corumbá segue como o município com mais focos de calor registrados neste ano no Brasil, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Até domingo foram 4.013 queimadas, mais que o dobro do segundo maior número registrado em Altamira (PA), com 1.965 focos.
Entre os Estados, Mato Grosso do Sul tem o quarto maior índice, com 5.958 focos, um aumento de 74% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um alerta de tempestade para 52 municípios, entre eles Corumbá. Há possibilidade de chuva de até 60 milímetros e ventos de até 100 km por hora. O alerta é válido até o fim da noite de terça-feira.