Ciência e crise climática são temas de jornada que celebra 3 anos do Bioparque
Evento iniciou hoje (26) e debate pesquisa, inovação e conservação ambiental diante dos desafios globais

Desafios de zerar a emissão de carbono e o papel da ciência na mitigação das crises climáticas em Mato Grosso do Sul foram tema da palestra inaugural da II Jornada de Pesquisa e Tecnologias, ocorrida nesta quarta-feira (26), no Bioparque Pantanal, o maior aquário de água doce do mundo, que completará três anos na sexta-feira (28).
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A II Jornada de Pesquisa e Tecnologias, realizada no Bioparque Pantanal, destacou os desafios de zerar a emissão de carbono e o papel da ciência na mitigação das crises climáticas em Mato Grosso do Sul. O evento contou com a presença de estudantes e autoridades, incluindo o vice-governador José Carlos Barbosa. Durante a abertura, Artur Falcette, secretário-executivo de Meio Ambiente, enfatizou o papel do Bioparque como centro de pesquisa e inovação. Ele destacou a descarbonização da pecuária no estado e incentivou a aliança entre pesquisa acadêmica e desenvolvimento econômico. A jornada, que celebra os três anos do Bioparque, inclui palestras e minicursos sobre conservação em tempos de crise climática.
A palestra foi ministrada pelo secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, e contou com a presença de estudantes da rede estadual de ensino e autoridades, como o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD). Durante o evento, também foi assinada a cooperação técnico-científica e um convênio de estágios para fortalecer as parcerias em pesquisa e educação no bioma Pantanal.

Antes da palestra, o vice-governador elogiou o trabalho da diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, e sua equipe. Ele destacou que, ao longo desses três anos, o espaço tem se consolidado como um polo de desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação.
“Desde a iniciação científica de crianças até grandes teses de doutorado, pesquisas inovadoras são desenvolvidas nesse espaço. Além da fauna pantaneira, o Bioparque abriga estudos sobre outras regiões do Brasil e até de outros continentes. Também há projetos pioneiros, como a procriação de animais, que demonstram que esse equipamento vai muito além do turismo: ele é um centro dedicado à ciência, tecnologia e inovação, cumprindo um papel extremamente relevante”, afirmou Barbosinha.
O papel científico do Bioparque também foi ressaltado por Artur Falcette, que enfatizou como o local transcendeu sua função original de ponto turístico. “O Bioparque tem hoje um dos maiores centros de pesquisa do Brasil nessa área. Isso precisa ser celebrado de fato. A jornada científica é a oportunidade de olharmos para todo esse conhecimento que está sendo produzido e discutido aqui dentro”.
Segundo ele, o Bioparque se tornou referência para pesquisas na área da Ictiologia (estudo dos peixes), mas também em temas mais amplos, como o Pantanal e a ecologia. “Na ciência, algumas descobertas geram desdobramentos, e os pesquisadores começam a explorar outras áreas. Quando pensamos em biologia, ecologia e nos biomas do estado, especialmente o Pantanal, há muita pesquisa sendo produzida aqui”, disse Falcette.
A diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, reforçou que a ciência é um dos pilares do espaço, que, junto ao turismo, contribui para a difusão da cultura sul-mato-grossense. “Essas pessoas levam para fora um pouco do que somos aqui no Mato Grosso do Sul. Por isso, é uma grande alegria comemorar esses três anos com uma jornada científica. A ciência está muito agregada ao Bioparque Pantanal”, destacou.
Além do aniversário do Bioparque, ela também celebrou o número de visitantes que receberam no período. “Para nós, é uma alegria muito grande. Estamos comemorando, além dos três anos, a marca de mais de 1 milhão de visitantes de 140 países”.
Conservação em pauta - A Jornada deste ano tem como tema "Conservação em Tempos de Crise Climática" e acontece nos dias 26, 27 e 28 de março, com uma programação de palestras, minicursos e talks. A programação completa pode ser conferida neste link.
Na palestra de abertura, Artur Falcette apresentou o tema “Tecnologia e Conservação: Inovação para mitigar os impactos da Crise Climática”, onde destacou alguns avanços ambientais no Estado.
Um dos principais resultados mencionados foi a descarbonização da pecuária no Mato Grosso do Sul nos últimos 20 anos, tornando o Estado o único da região Centro-Oeste a alcançar essa meta. “A agropecuária e a mudança no uso do solo respondem por três quartos das emissões. Conseguimos reduzir as emissões do setor para 50% do total, cortando pela metade o impacto ambiental dessa atividade. Como fizemos isso? Convertendo áreas degradadas em áreas produtivas, reduzindo nosso impacto e aumentando a eficiência”, explicou Falcette.
Ele também incentivou os estudantes e jovens pesquisadores a alinhar suas pesquisas com metas de desenvolvimento econômico e políticas públicas. “Quero propor esse desafio: que quem é da academia, quem é da ciência, pense no impacto do seu trabalho no desenvolvimento do Estado. Se houver esse potencial de impacto, o Governo do Estado, através dos recursos alocados em ciência e tecnologia, vai apoiar esse projeto para que possamos ver seu resultado implementado”, finalizou.

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