Com média de 50 mortes/mês, projeto quer frear atropelamento de animais
Ações do programa Estrada Viva serão ampliadas em Mato Grosso do Sul
O programa Estrada Viva quer reduzir a morte de animais silvestres nas vias que cortam Mato Grosso do Sul, por meio da união do governo do Estado, UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e ONGs (Organizações Não Governamentais). Somente nos 600 quilômetros de estradas entre Bonito e Aquidauana, a média é de 50 animais mortos vítimas de acidente por mês.
Os dados são da Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura). Criado em 2016, o programa “Estrada Viva - a fauna pede passagem” tem, atualmente, ações de redução de atropelamento de animais silvestres nas rodovias MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359.
De acordo com o portal de notícias do governo, agora, diante da necessidade dar mais assertividade, a secretaria ampliou o alcance do programa, com inserção nos projetos de infraestrutura que envolvem estradas e rodovias.
“Estamos em um Estado onde um dos nossos maiores ativos é a sustentabilidade, água e a pegada do carbono. Esses três vetores nos dão um potencial econômico e ambiental, conciliando o interesse econômico com a preservação. É totalmente possível”, afirmou o titular da Seinfra, Eduardo Riedel.
Ainda conforme o secretário, o projeto que tem como finalidade implantar a ecologia de estrada vai salvar vidas de animais e pessoas. “Por isso vamos internalizar e inserir como premissa nos projetos da Agesul o Estrada Viva. Com todos os elementos necessários para mitigar, de fato, os acidentes nas estradas que envolvem animais. Não podemos terminar um projeto sem isso. Vai além de Bonito e da Serra da Bodoquena, vamos ampliar para todo o Estado”.
Os debates foram com representantes de diversas ONG’S que atuam na defesa da fauna e flora da região da Serra Bodoquena, entre eles Fernanda Delborgo Abra (Viafauna Estudos Ambientais LTDA); Angela Kuczach (da Rede Nacional Pró-unidades de Conservação); Juliana Camargo de Oliveira (Ampara Animal); Raquel Menezes Vieira Machado (Instituto Raquel Machado); Arnoud Desbiez (Projeto Tatu Canastra); Felipe Dias (Instituto SOS Pantanal); Yolanda Prantl Mangieri (Neotrópica do Brasil e o grupo Unidos Serra da Bodoquena) e Maurício Forlani (Ampara Animal).