Comunicado alerta moradores sobre motivo de mau cheiro em lago do Damha
Peixes mortos por contaminação chegaram a ser encontrados em lago da região
Comunicado enviado aos moradores do residencial Damha III, localizado na região do Bairro Estrela Parque, em Campo Grande, nesta quinta-feira (3), alerta sobre a contaminação da água do lago do condomínio. O problema gerou mau cheiro e até mesmo levou a morte de tilápias exóticas no local, considerado endereço dos ricos da Capital.
Relatório de monitoramento da qualidade das águas superficiais, elaborado pela empresa Sanágua, a partir de requerimento da Associação Parque Residencial Damha III, comprovou cientificamente a “presença de afluentes sanitários diluídos no corpo hídrico” nas águas do lago.
Denúncias em relação a qualidade da água da região chegaram à reportagem do Campo Grande News desde agosto. No dia 17, mais de 10 tilápias exóticas foram encontradas mortas.
Na ocasião, equipe da PMA (Polícia Militar Ambiental) realizou vistoria no local e constatou vazamento de esgoto próximo a uma estação de tratamento da concessionária Águas Guariroba. Foram encaminhados tanto relatório para Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana)e para a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais) para apuração penal.
De acordo com o relatório repassado aos moradores, a “constatação laboratorial corrobora as reclamações de associados referentes ao mau odor exalado das águas bem como a morte dos peixes em nosso lago”.
As informações obtidos foram encaminhadas para concessionária e para a Semadur e também para concessionária.
Quatro anos de reclusão - Descartar o esgoto de forma irregular é considerado crime ambiental e pode resultar em sanções Federal, Estadual e Municipal. Conforme a Lei de Crimes Ambientais, “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”, podem render de um a quatro anos de reclusão e multa.
Em nota, a Águas Guariroba afirmou não possui nenhuma estrutura que possa causar este tipo de evento na região. "Há outras fontes de poluição que podem afetar o lago do condomínio, tais como lançamento de água servida em drenagem, poluição difusa, entre outras", afirma a concessionária.
Em Campo Grande, todo o esgoto coletado é tratado em uma das duas estações de tratamento de esgoto da concessionária: a ETE Los Angeles e a ETE Imbirussu.
"Todas as operações da empresa são realizadas de forma responsável, transparente, com segurança ambiental e seguindo as normas técnicas e ambientais aplicáveis, o que é acompanhado e regulado pelos dos órgãos competentes. Todos estes dados são apresentados. Periodicamente à Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) e à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana ), garantido a lisura de sua operação".
A Semadur não se manifestou até o fechamento a reportagem.