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Meio Ambiente

Cuidar da natureza dá economia de até 40%, ensina produtora de MS

Já o controle da temida ferrugem-asiática exige monitoramento semanal da lavoura

Por Aline dos Santos | 01/11/2023 09:49
Malena May é produtora de grãos em Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo Pessoal)
Malena May é produtora de grãos em Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo Pessoal)

Em média 40% mais barato do que o insumo químico, os defensivos biológicos foram adotados por Malena May, produtora de grãos em Mato Grosso do Sul. As lavouras se espalham por 850 hectares das fazendas Valo Forte (Ponta Porã) e Guatambu (Coronel Sapucaia). Nas terras, são cultivados soja e milho safrinha.

“Os defensivos biológicos são bem mais em conta dos que os agroquímicos, mesmo tendo que fazer mais aplicações do que comparado aos insumos convencionais. Geralmente, são quatro aplicações de fungicidas na soja, o que é o padrão. Do biológico, a gente faz de seis a sete aplicações. Mas mesmo com esse aumento do operacional, a economia é maior por conta do custo. Lembrando que os bioinsumos são produzidos dentro da fazenda, numa parceria com a empresa Solobio”, diz Malena.

Ela explica que a utilização de defensivos biológicos começa no sulco de plantio, junto com a semente. É feito um blend (mistura) de nove bactérias específicas, que atuam de forma preventiva para doenças e pragas.

Contudo, os defensivos biológicos não fazem a cura da ferrugem-asiática, uma das doenças mais severas que atacam a lavoura de soja. Desta forma, a produtora fica em sentinela, com um monitoramento específico.

“Monitoramos as lavouras com coletores de esporos. Um sistema de lâminas de microscópios instaladas em canos de PVC, como se fossem birutas de vento. Essas lâminas são coletadas semanalmente  e lidas”, afirma Malena.

Na sequência, caso haja presença de esporos nas lâminas e condições climáticas para aumento da doença, são coletadas folhas das lavouras, que ficam incubadas em câmera úmida. “Confirmando a presença da ferrugem, se há condição climática para a doença, a gente faz aplicação curativa de agroquímico”, diz a produtora.

Malena é responsável pelo parte técnica do Grupo Agro JMay, diretora administrativa da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) e diretora no Sindicato Rural de Ponta Porã.

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