Depois de 2020 com protestos e incerteza, aterro tem vida útil só até junho
Novo aterro deve receber lixo de Campo Grande por 40 anos, mas até o momento nem o local foi definido
Destino do lixo de Campo Grande e mais sete cidades, atendidas por meio de convênio, o aterro sanitário Dom Antônio Barbosa II tem autorização para receber resíduos somente até junho deste ano. No entanto, a previsão é de que o substituto só entre em operação no ano de 2023. A CG Solurb informa que, até lá, vai pedir a renovação da licença à prefeitura.
Enquanto se esgota a vida útil do local, inaugurado em 2012 e que deu fim a lixão a céu aberto que perdurou por 30 anos, a escolha de onde ficará o substituto promoveu muito bate-boca em 2020.
Primeiro, em junho, foi definido que o novo aterro, batizado de Ereguaçu, seria construído na saída para Três Lagoas, em área de 153 hectares (Fazenda Santa Paz), a 30 km do centro urbano e com capacidade de receber o lixo por 40 anos. Mas os moradores da região protestaram e a proposta foi sepultada.
O estudo também selecionou outras duas áreas: Ceroula (a 15 km do centro urbano e acessada pela MS-080) e Três Barras (a 35 km do centro e acessada pela MS-040). O que também motivou protesto de moradores dessas regiões.
Em julho, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou que iria descartar as três áreas relacionadas no estudo e ofereceria ao Consórcio CG Solurb terreno próximo ao atual local de destino dos resíduos, no bairro Dom Antônio Barbosa.
O município tem área territorial de 8.092 km² (quilômetros quadrados), mas muitas têm restrições devido ao zoneamento ambiental, áreas de proteção ambiental, além de locais com restrições legais, ambientais ou indisponíveis para a venda.
O novo aterro deve atender Campo Grande, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Jaraguari, Rio Negro, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti e Rochedo.
De acordo com a Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana), a licença do aterro é válida até 20 de junho de 2021.
A CG Solurb informa que vai solicitar a renovação da licença de operação do aterro atual, que recebe 950 toneladas de resíduos por dia, e que a previsão de ativar o novo aterro fica para janeiro de 2023.
Segundo a empresa, não foi definido o local de instalação e o custo da obra só será calculado quando o projeto for licenciado na Semadur.