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Meio Ambiente

Em novo protesto, grupo faz “cemitério” em área assoreada de lago

No mês passado manifestantes deram 'abração' no lago que fica no Parque das Nações Indígenas

Clayton Neves e Fernanda Palheta | 20/04/2019 16:15
Cruzes fixadas em área assoreada do lago no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande (Foto: Kísie Inoã)
Cruzes fixadas em área assoreada do lago no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande (Foto: Kísie Inoã)

Em segundo ato realizado na tarde deste sábado (20), grupo de manifestantes instalou ‘cemitério de cruzes’ em uma das áreas assoreadas do lago do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O protesto simboliza a ‘morte do lago’ e é contra a degradação da área que evoluiu desde que a primeira reclamação foi feita, no dia 18 de março.

“Queremos mostrar a morte gradativa e cobrar do Governo celeridade em resolver a situação, já que até agora nenhuma medida de recuperação foi apresentada. É preciso tomar uma atitude”, afirma o coordenador do MPN (Movimento pela Preservação da Natureza) Alfredo Sulzer.

Quem passava pelo local ficou intrigado ao ver as cruzes fixadas na área do lago onde areia tomou conta do lago, no entanto, ao saber do que se tratava o protesto ganhou apoio. Foi o caso de Adriana Ribeiro, de 39 anos. “É muito triste ver o que está acontecendo porque isso afeta todo mundo”, disse a professora que frequenta o espaço para fazer caminhadas pelo menos cinco vezes por semana e afirma que desde o ano passado nota a crescente degradação da área.

Presidente da Associação de Engenheiros Sanitários, Aroldo Galvão afirma que no projeto inicial do Parque estavam previstas obras de contenção e barragens, no entanto, os itens ficaram apenas no papel. “As consequências desse ato falho está acontecendo e o que era um ecossistema equilibrado está com um desequilíbrio evidente, o que acaba afetando toda a diversidade”, relata.

Ele lembra que para remediar o problema barragens foram construídas para tentar reduzir o assoreamento no lago, porém, por falta de manutenção manutenção, o problema tem resistido. “Quando chover o lixo vai acabar passando por cima da barragem e caindo no lago”, explica.

Na última manifestação, 70 cruzes foram colocadas no lago, desta vez, foram 50 fixadas em uma terceira área de assoreamento que se formou.

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