Estudo mostra que 95% do fogo no Pantanal têm origem em áreas privadas
Porcentagem equivale a 3.372 focos de incêndios registrados no primeiro semestre deste ano
Estudo realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta que 95% do fogo do Pantanal têm origem em propriedades privadas. A porcentagem corresponde a 3.372 focos de incêndios registrados no primeiro semestre deste ano, sendo esse um número recorde para o período.
O programa BDQqueimadas do Instituto traz dados atualizados até terça-feira (25). Conforme informações da Folha de São Paulo, o foco aponta o local de ignição de uma queimada. No caso, apenas 189 foram registrados em terras indígenas (TIs) e unidades de conservação (UCs) estaduais ou federais.
Outro dado apontado pelo instituto é que o mês de junho de 2024 ficou à frente de toda série histórica em relação a quantidade de focos de incêndio. O monitoramento é feito desde 1998 pelo Inpe.
Em outro estudo, dessa vez do Lasa (Laboratório de satélites ambientais) da UFRJ (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), menos de 1% dos focos de calor detectados tiveram o raio como origem. Ou seja, 99% dos incêndios registrados no Pantanal tiveram início por ação humana. A Lasa também revelou que até o final de 2024 a área queimada do Pantanal pode exceder 2 milhões de hectares até o fim do ano.
Decisão emergencial - Nesta quinta-feira (27), o Governo do Estado autorizou a ampliação dos aceiros no Pantanal, permitindo abertura de até 50 metros. Com a medida, os proprietários de fazendas e demais agentes de combate ao fogo poderão abrir faixas ao logo de divisas, cercas e áreas de vegetação nativa no tamanho imposto. A medida terá validade por 180 dias.
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