Fábrica ganha aval para linha de transmissão com 182 torres em 35 fazendas
Sinalizadores devem ser colocados para reduzir risco de colisão de pássaros
A Arauco Celulose do Brasil teve licença prévia deferida para instalação de linha de transmissão de energia com 90 quilômetros de extensão. No trajeto, entre a subestação de Ilha Solteira (Selvíria) e Inocência (onde vai funcionar a nova fábrica), serão 182 torres e a linha vai passar por 35 propriedades rurais.
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A Arauco Celulose do Brasil recebeu licença prévia para a instalação de uma linha de transmissão de 90 quilômetros, que conectará a subestação de Ilha Solteira a Inocência, onde será construída uma nova fábrica. O projeto, que inclui 182 torres de 24 metros de altura, foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Estadual de Controle Ambiental, e não exigirá desapropriações, pois a empresa buscará acordos para o uso das áreas. Com um investimento de US$ 4,6 bilhões, a nova planta terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose branqueada anualmente e deverá gerar cerca de 6 mil empregos diretos na operação.
Por unanimidade, o Ceca (Conselho Estadual de Controle Ambiental) deferiu a licença solicitada pela empresa. A reunião virtual aconteceu na manhã desta sexta-feira (dia 13). O parecer foi da conselheira representando o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Joanice Battilani.
As torres terão 24 metros de altura e serão 500 metros de distância entre as estruturas. A empresa apresentou Eia/Rima (estudos de impactos ambientais).
O empreendimento exige a supressão vegetal de 44,72 hectares, sendo 41,7 hectares localizados em áreas de reserva legais das propriedades afetadas.
Conforme o estudo, a linha de transmissão de 230 kV não interceptará nenhuma área prioritária para conservação. O trajeto cruza Cerrado e porção da Mata Atlântica, mas sem desmatamento nesse último bioma.
“Considerando os registros de 184 espécies de aves e o grande número de espécies migratórias, sugerimos a aplicação de medidas mitigatórias para reduzir impactos das linhas de transmissão sobre a avifauna. A exemplo, instalação de sinalizadores, os quais tornam os cabos mais visíveis e contribuem na redução no risco e na mortalidade por colisão” aponta o documento.
Segundo o estudo, não haverá necessidade de desapropriação ou reassentamentos, pois se buscará outras formas de negociação para uso das áreas, como uso de faixa de servidão.
O Projeto Sucuriú, da empresa chilena Arauco, foi formalizado em maio de 2024. Esse é o maior investimento da história da empresa. Serão US$ 4,6 bilhões de investimentos para produção anual de 3,5 milhões de toneladas de celulose branqueada.
A fábrica será instalada a 50 km do centro urbano de Inocência. A previsão é de 14 mil trabalhadores no pico das obras de construção da fábrica. Em operação, a planta industrial tem previsão de empregar seis mil trabalhadores, na área florestal, de operação e logística.
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