Fogo se alastra e atinge projeto que monitora jaguatiricas no Pantanal
Coordenador pede ajuda e afirma que Tarumã, uma das fêmeas, está em area próxima do fogo
O fogo no Pantanal se alastrou e atingiu a fazenda San Francisco, loque sedia o projeto Jaguatiricas. O coordenador, Henrique Concone, divulgou um vídeo neste domingo (4) onde informa que a Tarumã, uma das felinas monitoradas pela equipe, está próxima a região atingida pelo incêndio. Ela é rastreada através de um colar com GPS.
“As últimas localizações que a gente tem dela são bem nessa área. Há três dias eu fiz imagens mostrando como estava o volume de fumaça, na quinta-feira (1), o fogo estava há 30/35 km de distância da fazenda e hoje o fogo chegou, entrou pra dentro dessa área, já pulou o Rio Miranda, apesar da fazenda ter feito todo o preparo para lidar com a chegada do fogo”.
Henrique ainda acrescenta que as chamas estão fortes na região e pede ajuda para o combate. “É muito forte, muito violento, entrou e está se alastrando em direção ao centro sul e sudoeste da área”.
Ao todo, o projeto tem, pelo menos, 45 jaguatiricas, 350 especies de aves e 40 especies de mamíferos. Na lista também aparecem os repteis e anfíbios, quase 35.
A reportagem entrou em contato com o Corpo de Bombeiros de Miranda para verificar a situação. A equipe informou que há quatro grupos trabalhando para conter as chamas na região. Quem comanda os esforços são voluntários do Salobra, localizado às margens do Rio Miranda, 10 quilômetros de Corumbá e o Departamento de Incêndio Florestais.
Monitoramento - Em julho o projeto passou a monitorar os animais com uso dos colares de geolocalização. O objetivo é compreender os padrões de movimento e uso da área onde o projeto está. A Tarumã foi capturada em 2018, mas recebeu o colar apenas este ano. Ela pesa quase 9kg e mede 113 centímetros .Além dela, há lobinhos monitorados também.
A jaguatirica, cientificamente conhecida como Leopardus pardalis, é um felino brasileiro presente na lista de espécies ameaçadas de extinção do Ministério do Meio Ambiente. O animal começou a ser caçado para abastecer o comércio de peles. Hoje, um dos principais motivos do risco de extinção é o desmatamento, que reduz os habitats propícios para a espécie.
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