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Meio Ambiente

Força-tarefa intensifica combate a incêndios em sete regiões do Pantanal

São mais de 400 homens e mulheres, entre militares e civis, defendendo o patrimônio natural mais rico de MS: o Pantanal

Adriano Fernandes | 08/10/2020 21:28
Oficiais durante o combate as chamas em um dos focos de incêndio no Pantanal. (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
Oficiais durante o combate as chamas em um dos focos de incêndio no Pantanal. (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Enquanto a chuva não vem e os focos de incêndios aumentam a cada dia no Pantanal o Governo do Estado, intensificou o combate às chamas em sete frentes de trabalho, reunindo a maior estrutura já criada em Mato Grosso do Sul para esse tipo de ação em defesa do meio ambiente e das comunidades ribeirinhas.

São mais de 400 homens e mulheres, entre militares e civis, sete aeronaves e dezenas de viaturas de médio e grande porte que estão atuando em sete bases estratégicas para facilitar deslocamentos e ações rápidas, sendo que a maioria delas estão instaladas no Pantanal de Corumbá.

A força-tarefa é composta Bombeiros de Mato Grosso do Sul, do Paraná e Santa Catarina e brigadistas da Força Nacional, Marinha, Exército, Ibama e ICMbio, além de voluntários de entidades não-governamentais, que estão distribuídos em Corumbá (cidade), Serra do Amolar , Fazenda Bodoquena (combate no Parque Estadual do Rio Negro), Estrada-Parque, Porto Esperança e região Nordeste/Leste do Estado, onde ocorrem incêndios em florestas plantadas e parques estaduais do Taquari e Ivinhema).

Tragédia ambiental - De janeiro até hoje foram registrados 42.193 focos de calor nos pantanais de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A região de Corumbá é mais atingida pelos incêndios com 7.176 focos, e também compreende a maior área do Pantanal, com 36,7% do total.

Na sequencia, aparece Poconé (MT), com 4.630 focos (23,7%), e Barão do Melgaço (MT), com 3.657 (18,5%). O total de área queimada no Pantanal corresponde a 21,8% de sua área, sendo o bioma mais impactado, embora em terceiro em números de focos.

“Apesar desses números alarmantes, que demonstram a gravidade de uma seca recorde, os esforços governamentais e da sociedade civil tem conseguido ainda preservar mais de 78% do Pantanal, mesmo em regiões onde o combate é difícil pela distância, falta de acesso e tipo de topografia, como a região do Amolar”, explicou o tenente-coronel bombeiro Waldemar Moreira, durante live transmitida pelo Governo do Estado, por meio da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), na tarde desta quinta-feira.

Chuva - Segundo Waldemar em Naviraí, onde se concentra uma tropa de combate aos focos, a chuva ajudou a reduzir a força incontrolável dos incêndios no Parque Estadual das Várzeas do Ivinhema. Não ocorreram, no entanto, precipitações no Pantanal, exceto na área urbana de Corumbá, onde, na quarta-feira, choveu apenas 0,6 milímetros.

Ao participar da live, o contra-almirante Sérgio Guida, comandante do 6º Distrito Naval da Marinha, com sede em Ladário, comentou que a Operação Pantanal II  tem tido um saldo positivo de combate aos incêndios, no entanto, a extinção dos focos só deve ocorrer quando a chuva voltar a cair na região o que deve ocorrer só a partir do dia 20 deste mês.

“Estamos com uma grande força em campo, onde a Marinha apoia não apenas com tropa mas colocando aeronaves para deslocamento de brigadistas para áreas de grandes distâncias, e devemos manter atenção redobrada na Serra do Amolar, onde a operação está com mais de 40 combatentes e aeronaves. A prevenção deve ser o foco”, observou.

A coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Franciane Rodrigues, também contribuiu com o balanço apresentado pela Marinha e Corpo de Bombeiros durante a livre, apresentando prognósticos climáticos para o segundo semestre de outubro. Segundo ela, as chuvas mais intensas devem ocorrer nas regiões Sudoeste e Sul (30 milímetros acumulados).


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