Hidrovia do Rio Paraguai lidera projeto de concessões e edital deve sair em 2025
Conforme a Antaq, governo federal considera a concessão mais avançada em relação a outras propostas
A hidrovia do Rio Paraguai assumiu a liderança entre os projetos de concessão estudados pelo governo federal e deve ter seu edital de leilão publicado em 2025. A previsão é da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), que considera a concessão mais avançada em relação a outras, como a do corredor do Rio Madeira, que estava em primeiro lugar até então.
Conforme a agência, o governo federal busca lançar o edital no primeiro semestre, com a expectativa de concluir o processo até 2025. Já a consulta pública pode ser marcada até fevereiro do próximo ano.
A hidrovia, que atravessa grande parte da América do Sul, vai de Cáceres (MT) até Nova Palmira, no Uruguai, passando pela fronteira brasileira com o Paraguai e Bolívia. "Este modal é crucial para o transporte de minérios, produtos agrícolas e grãos do Centro-Oeste brasileiro", discorreu o o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, em entrevista a CNN Brasil.
A tarifa da concessão, que deve ser anunciada em dezembro, será abaixo do esperado pelo mercado, o que, segundo o diretor-geral, tornará o modal mais atrativo. Embora o valor exato não tenha sido divulgado, Nery afirmou que a tarifa será "muito atrativa", cobrindo custos com dragagem, sinalização e manutenção da hidrovia.
Além disso, o governo federal tem investido em projetos de dragagem em seis pontos da hidrovia, um serviço que foi adiado por exigências do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que solicitou estudos de impacto ambiental.
“O [Rio] Paraguai está em uma situação mais controlada. O volume de dragagem é menor que a do [Rio Madeira]. A própria variação de regime de cheias e de seca [do Paraguai] é bem menor do que a do Rio Madeira. Por isso, estamos apostando que a do Paraguai vai ser a primeira a ser leiloada”, disse Nery.
Vale lembrar que a concessão das hidrovias é parte de uma série de iniciativas prioritárias do governo, que visam diminuir os custos do transporte de cargas e reduzir as emissões poluentes em comparação ao transporte rodoviário.
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