Indígenas de MS são contemplados com recursos do Fundo Global
Serão cinco projetos no Estado, para os povos GuaraniKaiowá, Terena e Kadiwéu, no Cerrado e Pantanal
Indígenas de Mato Grosso do Sul serão beneficiados por uma nova iniciativa de conservação do Fundo Global para a Biodiversidade, que destinará recursos a comunidades indígenas de todo o país para fortalecer a proteção territorial e ambiental de 15 terras localizadas em cinco biomas brasileiros.
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Conforme o MPI (Ministério dos Povos Indígenas), no Estado, os territórios contemplados são: Cachoeirinha, da etnia Terena; Dourados, dos povos Guarani Nhandeva e Terena; Lalima, dos Terena e Kinikinau; Kadiwéu, dos Terena e Kadiwéu; e Taunay Ipegue, da etnia Terena. Os projetos abrangem áreas do Cerrado e Pantanal.
O MPI informa que o investimento será de US$ 9 milhões, destinados a ações de monitoramento e proteção territorial, fortalecimento da governança indígena e apoio à gestão autônoma e sustentável desses territórios.
A iniciativa, denominada Ywi Ipuranguete, busca proteger 6,4 milhões de hectares nos biomas Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Pantanal, onde vivem 57 mil indígenas, segundo o Censo Demográfico de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além de Mato Grosso do Sul, estados como Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco também foram contemplados. O Pampa foi o único bioma sem projetos incluídos.
As ações visam ainda a geração de renda sustentável, a preservação cultural, a soberania alimentar e a restauração ambiental, medidas que podem contribuir para a redução do desmatamento e o aumento da resiliência climática.
Segundo o MPI, o projeto apoia as 15 terras indígenas por meio da implementação de Instrumentos de Gestão Territorial e Ambiental, alinhados à Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas. De acordo com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, essa política estava “engavetada” desde 2016, na gestão Temer.
“Temos cinco biomas contemplados e estamos com o Pampa na mira para as próximas ações do Ministério. O diferencial é que esse projeto abrange áreas sem processo de demarcação concluído, porque o Estado não pode negar acesso a políticas públicas aos povos indígenas enquanto aguardam a finalização da demarcação de seus territórios”, afirmou Guajajara.
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