No Dia da Àrvore, jacarandá-mimoso se exibe na paisagem da cidade
O nome popular jacarandá-mimoso não existe à toa. Exuberante e agradável aos olhos, o jacarandá oferece sua beleza como um mimo ao observador. Suas flores surgem durante a primavera, que começa oficialmente no próximo dia 23, enchendo o céu de tons arroxeados depois da longa e apática estiagem.
É nessa época que também aparecem os ipês, que dão vida à paisagem a partir da segunda metade do ano e transformam ruas, parques e praças em verdadeiros mosaicos coloridos.
O jacarandá é, na verdade, nativo da Argentina, mas também encontrado facilmente no Paraguai e Bolívia e, devido à proximidade geográfica, adaptou-se facilmente ao clima e solo brasileiros tornando-se comum. Comum, mas não banal. Basta circular pelas ruas Espírito Santo, Afonso Pena ou Jeribá, na Chácara Cachoeira, para ver de longe as flores de cor azul-lilás, quase roxas.
Em meio ao apressado trânsito, às preocupações do dia a dia e ao calor intenso sentido na pele, os olhos ganham descanso e, o coração, uma espécie de calmante natural que nem precisa ser ingerido para tranquilizar a alma.
Os jacarandás podem chegar a 15 metros de altura e, em outubro, começam a desfolhar até perder todas as flores em meados de novembro, com a aproximação do verão.
Devido às suas raízes pouco agressivas e ao seu perfume discreto, a árvore é indicada para ornamentação e arborização de jardins, calçadas e praças. Mas tanta beleza, apesar de singela, não está completamente a salvo.
Os olhos do observador atento podem sentir falta do alívio em forma de planta. O mimoso tem estado de conservação VU (do inglês, vulnerable), considerado sob risco elevado de extinção na natureza pela IUCN, lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção.