No Dia da Capivara, estudo mostra que Capital tem, no mínimo, 5 mil delas
O estudo é da UFMS e já havia divulgado os resultados do Parque dos Poderes
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul tenta criar formas de garantir a sobrevivência das capivaras na zona urbana de Campo Grande. O projeto monitorou os animais por colares com GPS e já havia divulgado números do Parque das Nações Indígenas, onde vivem cerca de 350 divididas em seis grupos familiares.
Mas além disso, os pesquisadores encontraram mais dois grupos de capivaras na UFMS, totalizando 120 animais, e 80 capivaras no Parque do Sóter.
No Dia da Capivara (14 de março), a própria pesquisa diz que não é possível acertar o número exato de animais na cidade, mas estima-se que seja, no mínimo, 5 mil delas.
O uso dos colares com GPS permitiu não apenas conhecer os hábitos das capivaras, mas também identificar as áreas de maior risco. Isso possibilitou a colaboração com o poder público para a implementação de lombadas eletrônicas e placas de identificação em locais críticos de atropelamentos.
Também foram feitos exames regulares de sangue e tecidos para detectar a presença de parasitas nas capivaras. O objetivo é identificar precocemente para evitar que as pessoas contraiam doenças relacionadas.
Por fim, o estudo também abordou a febre maculosa, uma doença infecciosa transmitida por carrapatos que pode variar em gravidade. Embora algumas bactérias possam causar formas mais leves da doença, a bactéria Rickettsia rickettsii, responsável pelos casos graves, não foi encontrada nos parques da cidade.
O projeto financiado pelo Governo do Estado continuará a monitorar as capivaras e os carrapatos para respeitar quatro pilares fundamentais que delineiam os objetivos da pesquisa.
O primeiro é conservar os animais dentro da cidade, reconhecendo o valor da presença das capivaras na qualidade de vida dos habitantes urbanos. O segundo busca manter essa qualidade de vida, uma vez que o convívio entre humanos e capivaras é considerado benéfico.
O terceiro pilar representa um desafio crucial: reduzir os acidentes que envolvem capivaras, evitando óbitos desses animais e danos físicos e materiais aos seres humanos. Por fim, o quarto pilar aborda uma questão de saúde pública, que é a diminuição das áreas de risco para a transmissão de doenças.
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