Onda de calor faz mãe tamanduá esconder filhote em buraco de tatu
Até na natureza instinto materno dá prioridade de refúgio térmico para a cria sobreviver ao calorão
Um registro inédito para a ciência foi feito nesta semana no Pantanal. Durante a onda de calor, pesquisadores do projeto Tatu-Canastra do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) encontraram um filhote de tamanduá-bandeira se refrescando no buraco do tatu.
O registro feito no Hotel Fazenda Baia das Pedras, em Aquidauana, onde os termômetros chegaram a mais de 40º C nos últimos dias. Para a equipe a surpresa foi grande, embora já tenham visto mais de 76 espécies diferentes usando as tocas monitoradas.
“O calor aqui está tão forte que a mãe dele deixou ele lá dentro para se refrescar. Um buraco de tatu-canastra mantém a temperatura constante de mais ou menos 24ºC, o que faz com que as tocas de tatu-canastra se tornem um refúgio térmico para muitas espécies. Eles desenvolvem um papel muito importante especialmente durante esse período de calor intenso”, explicou a médica veterinária do Icas, Mayara Caiaffa.
Os filhotes de tamanduá-bandeira vivem grudados ao corpo da mãe por aproximadamente um ano de vida. Este é o período que eles aprendem habilidades essenciais para a sobrevivência na natureza.
A relação entre mãe e filhotes de tamanduá-bandeira lembra da importância de preservar a biodiversidade e proteger os habitats naturais.
As mães desempenham um papel vital na sobrevivência de suas espécies, oferecendo cuidado, orientação e proteção aos seus filhotes. Tanto é que priorizou o filhote para regulação térmica e ficou ao lado da toca cuidando para nenhum predador se aproximar.
No vídeo, também é possível ver que ao lado do refúgio escolhido pelo tamanduá, existe uma nova toca, onde, provavelmente, está o tatu-canastra. O gigante cava uma toca nova a cada três noites e é conhecido como engenheiro do ecossistema.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.