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Meio Ambiente

Pantanal de MT supera MS em área queimada em infeliz episódio histórico

Equipes do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao estado vizinho para reforçar combate às chamas

Tainá Jara | 09/09/2020 17:50
Neblina espessa de fumaça encobre Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tendo chegado no Paraná esta semana. (Foto: Gustavo Basso)
Neblina espessa de fumaça encobre Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tendo chegado no Paraná esta semana. (Foto: Gustavo Basso)

Pela primeira vez em mais de 20 anos, a quantidade de área incendiada no Pantanal de Mato Grosso supera a do Mato Grosso do Sul. O evento histórico levou o governo do Estado a encaminhar equipes do Corpo de Bombeiros para o estado vizinho para auxiliar no combate às chamas na região de Poconé, pois apenas 35% do bioma é mato-grossense e incêndio de grandes proporções podem representar devastação sem precedentes.

A maior parte do Pantanal (65%) fica em Mato Grosso do Sul. Nos últimos meses, a operação de combate às chamas na região de Corumbá demandou a manutenção de equipes na região. Porém, as ações se deslocaram diante da situação crítica verificada em outra região.

Equipes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul foram enviadas ao Mato Grosso, estado vizinho, para reforçar o combate às chamas no Pantanal.

De acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), os incêndios no bioma equivalem a toda área devastada nos últimos 6 anos. Em setembro, o número de focos deve superar o maior volume já registrado em 2005 com mais 12.536 áreas devastadas.

“Pela primeira vez o Pantanal do Mato Grosso supera o Pantanal de Mato Grosso do Sul em área queimada. A gente nunca tinha visto isso antes. É a primeira vez nessa série histórica que a gente monitora tanto em área queimada e como em registro de foco de calor”, explica o analista ambiental do Ibama, Alexandre Pereira. A última série histórica vei de 1998 e 2020.

O Corpo de Bombeiros classifica como de grandes proporções o incêndio verificado no Estado vizinho. Aqui, equipes de Campo Grande e Corumbá fazem monitoramento dos focos e realizam combates isolados.

Desde o começo de agosto, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registrou 262 focos de incêndio em Corumbá, dos 447 verificados no Estado. Em agosto, dos 2.508 focos verificados no Estado, 1.659 foram na região do Pantanal.

Conforme os ambientalistas, a maioria dos incêndios verificados no bioma tem origem criminosa e se aprofundam em período de estiagem.


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