“Pantanal em alerta” identificou 333 fazendas potencialmente vulneráveis ao fogo
Objetivo do projeto é evitar tragédia como a do ano passado, que devastou 1/3 do bioma
O projeto “Pantanal em alerta” do Ministério Público de Mato Grosso do Sul identificou 333 propriedades rurais onde a ocorrência de fogo é mais possível de ocorrer e começou a atuar junto aos proprietários para ajudarem na prevenção às queimadas no bioma que teve 1/3 de seu território atingido pelas chamas no ano passado.
Dessas fazendas, esmagadora maioria – 262 – estão na cidade de Corumbá e as demais em Aquidauana, Coxim, Miranda, Rio Verde de MT, Sonora e Porto Murtinho. Elas foram identificadas através do Nugeo (Núcleo de Geotecnologias) do MPMS como potencialmente passíveis de fogo por algumas características.
A primeira delas é a probabilidade de acúmulo de biomassa (vegetação seca que pode pagar fogo com facilidade), seguida pelas áreas identificadas como recorrentes na ocorrência de queimadas no período em que são proibidas e ainda, aquelas onde foi registrado início de processo de queimada, também quando estas estavam impedidas.
O último grupo de fazendas selecionadas para o projeto são as que fazem divisa com unidades de conservação localizadas no Pantanal, sejam elas estaduais ou federais.
Todas elas passarão por orientações para ajudar na prevenção ao fogo e também, num segundo momento, participarão com a formação de brigadas internas que farão o trabalho de primeiros socorros em casos de incêndio até a chegada do Corpo de Bombeiros ou outros grupos responsáveis.
Os trabalhos começaram no mês passado e a primeira etapa será notificar todos os proprietários rurais identificados para apresentação e participação em programas preventivos em relação às queimadas.
Na segunda fase será realizado um cadastro para formação de brigadas particulares, o que atenderia ainda mais o aspecto preventivo do Projeto “Pantanal em Alerta". Treinamentos de combate a incêndios já foram iniciados pelos bombeiros na região.