Plantio de Pau-santo inédito é realizado em território indígena kadiwéu em MS
Espécie ameaçada de extinção foi plantada para restaurar áreas devastadas por incêndios florestais
Em uma iniciativa inédita no Brasil, brigadistas do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) e equipes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) realizaram o plantio de mudas de Pau-santo na Terra Indígena Kadiwéu em Mato Grosso do Sul. O objetivo da ação, que envolveu a participação ativa da comunidade, é contribuir para a restauração de áreas devastadas por incêndios florestais e fortalecer uma espécie considerada em risco de extinção.
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Brigadistas, pesquisadores da UFMS e a comunidade Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul, plantaram mudas de Pau-Santo, espécie ameaçada de extinção do bioma Chaco, em áreas da Terra Indígena afetadas por incêndios. A iniciativa, financiada pelo Funbio, visa a restauração ecológica, o enriquecimento ambiental com o plantio de cedros, e a avaliação do desenvolvimento das espécies, representando uma colaboração inédita entre instituições científicas e comunidades locais para a conservação da biodiversidade brasileira.
A planta, originária do bioma Chaco, que abrange partes da Argentina, Bolívia, Paraguai e uma pequena área do Brasil, foi escolhida para o plantio devido à sua vulnerabilidade. No Brasil, a espécie é encontrada principalmente na região de Porto Murtinho. O projeto teve início após três anos de estudos realizados pelo LEI (Laboratório Ecologia da Intervenção) da UFMS, que produziu as mudas com apoio da Prefeitura de Campo Grande.
O plantio foi realizado nas Aldeias Alves de Barros, Tomázia e Barro Preto, dentro da Terra Indígena Kadiwéu, ambas em Porto Murtinho, com o envolvimento direto da população local, que trabalhou ao lado dos brigadistas e dos pesquisadores. Além das mudas de Pau-santo, também foram plantadas mudas de cedro, com o objetivo de promover o enriquecimento ambiental e a restauração ecológica da área, impactada por incêndios florestais recorrentes.
A iniciativa foi financiada pelo Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e destaca a importância da colaboração entre instituições científicas, comunidades locais e organizações ambientais na busca por soluções sustentáveis para a conservação da biodiversidade brasileira.
Esse plantio representa um avanço significativo no combate à degradação ambiental e na preservação de espécies ameaçadas, além de ressaltar o papel fundamental das comunidades indígenas na proteção do meio ambiente. O projeto também visa avaliar o desenvolvimento das espécies plantadas tanto em sua área natural quanto em locais externos, ampliando o conhecimento sobre sua adaptação e crescimento.