Prefeitura coloca 25 equipes nas ruas para reparos após temporal
Em dois dias choveu quase o dobro do esperado para o mês de janeiro.
A chuva que atingiu Campo Grande nos últimos dois dias, cerca de 400 milímetros, quase o dobro do previsto para todo o mês de janeiro deixou um rastro de estragos pela cidade. Com isso a Prefeitura, por meio da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) está com equipes nas ruas para recuperar os danos.
Conforme a Prefeitura, 25 equipes com 200 trabalhadores, 29 caminhões e 14 máquinas e equipamentos aproveitaram a trégua da chuva e estão empenhados trabalhando.
Um dos locais atingidos é a ponte sobre o Córrego Lagoa, na Avenida Panambi Vera sentido Avenida General Carlos Alberto Mendonça de Lima, onde a chuva levou parte do aterro de uma das cabeceiras. Engenheiros da Sisep, explicaram que a vazão da Lagoa aumentou e o nível do córrego subiu. Como há um poço no local, se formou um redemoinho ensopando o aterro fazendo que que se rompa.
Ali será feita uma barreira de pedra para segurar a força da água. Se o tempo continuar firme, o serviço deve ser encerrado em uma semana.
Enquanto isso, segundo orientação da Sisep, quem quiser entrar na pista centro-bairro da Avenida Lúdio Coelho e seguir em frente na direção dos bairros São Conrado e Santa Emília deve fazer o desvio pela Rua das Árvores. Quem vem pela Avenida General Carlos Alberto Mendonça, em direção à Panambi Vera, terá de entrar à direita na Lúdio Coelho e seguir até Avenida Conde de Boa Vista por onde alcançará a pista bairro centro da Lúdio Coelho e entrar na Panambi Vera.
Já no Portal Caiobá, Los Angeles, Nova Lima e Radialista, equipes estão fazendo a limpeza de bocas de lobo e das ruas. Nas Avenidas Conde da Boa Vista, Cachoeira do Campo, Manoel da Costa Lima e na Rua Caxambu esquina com a Lírios do Campo trechos do asfalto que foram danificados pela pressão da enxurrada que extravasou da drenagem serão recuperados ainda esta semana.
A cidade tem aproximadamente 80 mil bocas de lobo que passam por manutenção periódica. O descarte irregular de lixo e a conexão clandestina de água servida à drenagem reduz a capacidade de captação e escoamento da estrutura.
Segundo Rudi Fiorese, secretário de infraestrutura, a maioria das regiões mais afetadas pelas chuvas são bairros onde o lençol freático é elevado, o que dificulta a capacidade de absorção da enxurrada. A solução do problema depende de alto investimento em reforço da drenagem com a construção de bacias de contenção e barragens nas principais bacias hidrográficas, previstas no plano municipal de drenagem.
Todas as frentes de pavimentação lançadas pela atual gestão têm estrutura completa de drenagem e onde há necessidade, são construídos piscinões. Este tipo de intervenção está sendo feito no Nova Campo Grande, por exemplo, uma das regiões mais críticas da cidade.