Programa detecta grande mancha de poluição sobre o Brasil causada por queimadas
Copernicus alerta sobre aumento da poluição e queimadas no Brasil, enquanto capitais enfrentam ar insalubre
Neste sábado (28), o programa europeu de observação da Terra, Copernicus, detectou uma grande mancha vermelha sobre o Brasil, destacando uma severa concentração de poluição atmosférica. A mancha, que se estende sobre diversas regiões do país, é resultado das queimadas que atingem, principalmente, a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de queimadas no Brasil aumentou em 91% em relação ao mesmo período do ano anterior, configurando uma crise ambiental alarmante.
O Copernicus monitora o ambiente no planeta e mede os aerossóis atmosféricos, que consistem em partículas de sólidos e líquidos suspensas na atmosfera. Essas partículas, como o monóxido de carbono, têm impacto direto no clima e podem causar sérios danos à saúde humana, principalmente doenças respiratórias. A cor vermelha captada nas imagens indica alta concentração de poluição no ar, uma consequência direta das queimadas.
O aumento das queimadas tem sido especialmente preocupante na região amazônica, onde estados como Mato Grosso, Pará e Amazonas registram os maiores números de focos de incêndio. O Brasil contabilizou, até agora, 207.484 queimadas em 2024, comparado aos 108.546 registrados no ano passado.
Ar insalubre - Além das queimadas, o Brasil enfrenta uma crise na qualidade do ar. Monitoramento realizado pela organização suíça IQAir mostrou que, neste sábado, cinco capitais brasileiras apresentavam níveis de poluição classificados como "insalubres". A cidade de Rio Branco, no Acre, registrou uma condição ainda mais grave, com qualidade de ar "muito insalubre", atingindo 261 pontos no índice de qualidade do ar entre 14h e 14h30.
Outras capitais afetadas incluem Goiânia (180 pontos), Porto Velho (179 pontos), Campo Grande (112 pontos) e Belo Horizonte (112 pontos). O índice mede a concentração de material particulado inalável, como as partículas PM 2,5, que são suficientemente pequenas para penetrar no sistema respiratório humano, causando sérios problemas de saúde.
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