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Meio Ambiente

Projeto busca parceiros para monitorar nascentes do Alto Paraguai

Iniciativa pretende criar medidas para preservação do Pantanal e construir base de dados para pesquisadores

Jones Mário e Tainá Jara | 26/07/2019 17:40
Rio Salobra é um dos cursos d'água que compõem a região pantaneira em Mato Grosso do Sul
Rio Salobra é um dos cursos d'água que compõem a região pantaneira em Mato Grosso do Sul

Apresentado durante programação da 71ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, o Projeto Cabeceiras busca empresas e entidades parceiras para desenvolver tecnologia de gestão da bacia hidrográfica do Alto Paraguai, no Pantanal. A iniciativa pretende mapear as nascentes dos rios que percorrem a planície alagável, criar medidas para preservação do bioma e construir base de dados para pesquisadores.

O projeto foi desenvolvido pelo Ibict (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), subordinado ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações). O programa foi apresentado no fim do ano passado e pleiteou R$ 5 milhões em investimentos do Ministério do Desenvolvimento Regional. A pasta repassou apenas R$ 700 mil – equivalentes a 14% do recurso solicitado.

A apresentação durante a SBPC foi acompanhada por representantes da UFMS, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), IHP (Instituto Homem Pantaneiro) e iniciativa privada. De olho em futuras parcerias, o coordenador de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos do Ibict, Tiago Braga, justifica que “o projeto não precisa ser desenvolvido necessariamente do zero”.

Tiago Braga, representante do Ibict, durante palestra na UFMS (Foto: Kísie Ainoã)
Tiago Braga, representante do Ibict, durante palestra na UFMS (Foto: Kísie Ainoã)

Segundo ele, entidades como o próprio IHP já desenvolvem trabalhos e ferramentas de monitoramento no Alto Paraguai. “Fazer esse tipo de parceria é muito importante, principalmente em um momento que as ONGs [Organizações Não-Governamentais] passam por questionamentos públicos. Não podemos desperdiçar trabalho sério”, completa.

Ainda conforme Braga, o Ibict trabalha com o conceito de ciência cidadã e busca o desenvolvimento de tecnologias junto com comunidades locais e ONGs que já atuam na região.

O encontro foi finalizado com encaminhamentos, como indicação de pessoas e instituições que pudessem contribuir com a criação da plataforma; definição dos marcos de interesse do projeto; mapeamento das nascentes da bacia do Alto Paraguai; e proposição do cronograma inicial do projeto.

Evento - Maior evento científico da América Latina, a 71ª edição da Reunião Anual da SBPC é realizada pela primeira vez em Campo Grande, na UFMS, e segue com portões abertos até sábado (27). Serão pelo menos 250 conferências, palestras, rodas de conversa, oficinas e minicursos. As atrações são gratuitas. A programação do encontro está disponível aqui.

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