“Queimadas, apague essa ideia”: comitê lança campanha para prevenir incêndios
Objetivo é diminuir ocorrência dos focos de calor nos meses de estiagem, entre julho e agosto
Representantes do Comif (Comitê Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Urbanos) lançou nesta segunda-feira (20) a campanha “Agosto Alaranjado: queimadas, apague essa ideia”. Através da sensibilização da população, o intuito é prevenir a ocorrência de incêndios florestais e urbanos em Campo Grande.
De acordo com dados apresentados pelo Comif, só em 2021 foram 3.157 incêndios florestais, número superior ao registado em 2020, quando houve 2.971 focos. Neste ano, já foram 792 ocorrências, mas nos meses mais críticos para as queimadas, entre julho e agosto, esse número ainda deve aumentar.
“Esses incêndios nunca param de acontecer, acontecem o ano inteiro, mas existe o período mais crítico, entre julho a agosto, que advém do período de estiagem. Quanto mais rigorosa a estiagem, mais incêndios”, apontou o Capitão do Corpo de Bombeiros de Campo Grande, Paulo Costa Neto.
A região Bandeira foi a que mais queimou nos últimos cinco anos, seguida pela Segredo e Anhanduizinho. “São as maiores em perímetro e as que mais tem população”, explicou a engenheira da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Brenda Queiroz Pereira.
Ela mostrou ainda que a maior causa dos focos de incêndio continua sendo em terrenos baldios 2.140 ocorrências só em 2021, e 576 neste ano. Contudo, o número de pessoas autuadas cresceu consideravelmente. De 414 penalidades aplicadas em 2019 em pessoas que atearam fogo em local proibido, subiu para 788 em 2021.
“Isso é bem importante, porque se a pessoa está cometendo um crime, que é lei no município, ela vai pagar por esse crime”, ressaltou.
Os crimes apontados pela engenheira se trata da Lei Municipal nº 2.909, de 28 de julho de 1992, veda o uso de queimadas para fins de limpeza de terrenos, e a Lei Federal n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, prevê que provocar incêndios em matas e florestas é considerado crime ambiental. As multas variam de R$ 2.7270,50 e R$ 10.910 e podem resultar em até quatro anos de prisão.
Denúncias - Em área urbana, quando há flagrante, as denúncias podem ser feitas pelo número 153, e quando não há flagrante, pelo 156. O Comif pede que a população informe o endereço das ocorrências corretamente como nome da rua, número do imóvel ou cruzamento das ruas próximas.
Já em áreas rurais, a denúncia deve ser feita pelo 190, e em casos de incêndio, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo 193.