Raio-x de pragas: pesquisa vai "escanear" insetos ruins para lavouras de soja
Pesquisadores querem fazer a coleta para o banco de dados na próxima safra em regiões de Mato Grosso do Sul
Construir um banco de imagens de insetos considerados "ruins" para o desenvolvimento das lavouras de soja em Mato Grosso do Sul e usá-lo como referência em tempo real no combate às "pragas". Este é o objetivo de uma pesquisa desenvolvida pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) em parceria com as universidades públicas do Estado e a Fundação MS.
Os pesquisadores vão usar inclusive drones para registrar os insetos que prejudicam o avanço dos grãos. O objetivo é identificá-los, mapear exatamente onde eles estão dentro da plantação e usar defensivos agrícolas direcionados aos pontos onde insetos estão dentro da lavoura. Funcionaria com um tipo de "escaneamento" para abastecer o banco de dados da pesquisa e depois usar estas informações para um acompanhamento em tempo real.
À frente de um laboratório que desenvolve pesquisas de inteligência artificial, o doutor em Engenharia da Computação, professor Hemerson Pistori, conta que hoje essa identificação é feita em um sistema chamado "pano de batida", método manual para o manejo estratégico de percevejos. Ele consiste no uso de um pano, geralmente branco, colocado em meio a plantação para identificar insetos.
"Com o mapeamento por inteligência artificial feito por uma equipe multidisciplinar a gente pode fazer isso de forma mais rápida e eficaz", explica o pesquisador do projeto que para ser desenvolvido conta com investimentos da Fundect (Fundação de Apoio do Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
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