Superintendente do Ibama cai depois de escândalo do comércio de jacarés
O superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis), David Lourenço, convocou coletiva para anunciar a demissão do cargo.
Segundo a assessoria de imprensa, Lourenço foi obrigado a sair depois de escândalo sobre o comércio de jacarés, denunciado pelo Campo Grande News.
O anúncio oficial será às 15 horas desta segunda-feira, na sede do PT, no Jardim Bela Vista.
Ele ocupa o cargo em Mato Grosso do Sul desde o primeiro mandato do presidente Lula e permaneceu mesmo com a eleição de Dilma Roussef, indicado pelo PT.
No início deste mês, a Polícia Federal fez buscas na casa do superintendente, mas ele disse que nada foi encontrado.
Lourenço é investigado na operação Caiman, que apura o envolvimento de servidores públicos em irregularidades envolvendo a criação de jacarés e a pousada que pertence ao funcionário aposentado do órgão, Gerson Bueno Zahdi.
Em agosto, Zahdi, a filha e a esposa foram presos, acusados de crime ambiental.
No dia 7 de outubro, a sede do Ibama chegou a ser fechada pela Polícia Federal para cumprimento de mandados de busca e apreensão, que também tiveram como alvo o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Semac (Secretaria de Meio Ambiente, Semac (Secretaria de Meio Ambiente, do Planejamento, Ciência e Tecnologia), Prefeitura de Aquidauana.
A denúncia é de que Zahdi foi beneficiado por ser funcionário do órgão. Com isso, enriqueceu explorando comercialmente a criação de jacarés e a atividade turística sem licença ambiental.
Segundo a PF, nunca houve fiscalização da forma como deveria no criadouro de jacarés, voltado à comercialização da pele.