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Meio Ambiente

Vento muda de direção e Corumbá é tomada por nuvem densa de fumaça

Segundo PrevFogo, fumaça é resultado das queimadas que atigem região norte da cidade

Por Jéssica Fernandes e Fernanda Palheta, de Corumbá | 02/08/2024 10:44
Parque Marina Gatass, em Corumbá, coberto por fumaça na manhã desta sexta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Parque Marina Gatass, em Corumbá, coberto por fumaça na manhã desta sexta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

Corumbá, a 428 km de Campo Grande, foi tomada por nuvem densa de fumaça nesta sexta-feira (2). Imagens mostram o efeito dela no aeroporto, Porto Geral, Parque Marina Gatass e nas ruas. Uma mudança na direção do vento, que agora vem da região noroeste, é responsável por causar o efeito.

Segundo informações do PrevFogo, a fumaça vem dos incêndios da região norte de Santa Teresa e Serra Negra. Anteriormente, os ventos estavam vindo das regiões sul, sudeste e sudoeste.

A equipe do Campo Grande News registrou a fumaça chegando no Porto Geral de Corumbá na tarde de quinta-feira (01). No começo da manhã desta sexta, o cheiro da fumaça estava forte e quase impediu o pouso de aeronaves no aeroporto.

Fumaça chegando a Corumbá no final da tarde de quinta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
Fumaça chegando a Corumbá no final da tarde de quinta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

Queimadas - De acordo com dados do Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pela WWF, foram registrados 1.158 focos de queimadas entre 1 e 31 de julho, um aumento de 820% em comparação a julho do ano passado.

A área queimada no Pantanal foi de 635 mil a 907 mil hectares (de 4,2% a 6% da área total do bioma. Segundo o documento, 84% dos incêndios no bioma em 2024 ocorreram em áreas privadas, 9,1% em Terras Indígenas e 5,5% em Unidades de Conservação Federais e Estaduais.

Desde o fim do ano passado, com a seca extrema impulsionada pelo forte El Niño de 2023, os incêndios têm batido recordes no Pantanal. No início de abril, especialistas já alertavam que o bioma poderia passar, em 2024, por uma de suas piores secas da história, já que foi atingido por uma seca extrema em plena temporada de cheias.

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